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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Economia

Desemprego cai para 5,3%, e renda avança 1,7% em agosto

O segundo semestre do ano co­meçou com desemprego em baixa. Segundo a Pesquisa Men­sal de Emprego (PME) do IBGE, a taxa de desocupação em agos­to nas seis principais regiões metropolitanas do país foi de 5,3%, inferior aos 5,6% registra­dos em julho e repetindo a taxa de agosto do ano passado, a me­nor para o mês desde o início da pesquisa, em 2002. A taxa de de­semprego média nos primeiros oito meses do ano está em 5,7%, exatamente a mesma de igual período de 2012. E o rendimento médio real dos trabalhadores chegou a R$ 1.883 em agosto, al­ta de 1,7% sobre julho e de 1,3% ante agosto do ano passado, in­terrompendo cinco meses de quedas consecutivas.


- A inflação mais controlada nos últimos meses dá um au­mento maior ao poder de com­pra. Mas o ganho de renda dos trabalhadores não foi só reflexo da queda da inflação, há rene­gociações salariais importantes ocorrendo - disse Cimar Aze­redo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

EM SALVADOR, TAXA SOBE A 9,4%

O resultado da pesquisa sur­preendeu positivamente espe­cialistas e analistas do merca­do. Para Eduardo Velho, eco- nomista-chefe da INVX Global Partners, a taxa de desempre­go caiu principalmente pela redução da população econo­micamente ativa, o que não significa um aumento tão grande do emprego.

Fernando Ribeiro, coordena­dor de Estudos de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Eco­nômica Aplicada (Ipea), acre­dita que os dados de emprego de agosto comprovam que o mercado de trabalho está mais estável neste ano:

Não teremos grandes que­das do desemprego, mas sim postos sendo abertos na medi­da para absorver o aumento da mão de obra - disse.

O economista loão Saboia, professor da UFRJ, afirma que, apesar do ritmo mais lento de ge­Ração de emprego, há maior qua­lidade da ocupação, pois, em um ano, houve a criação de 353 mil vagas com carteira assinada e re­dução de 148 mil informais:

Estamos entrando na fase do ano mais aquecida, o que indica perspectivas positivas para o emprego nos próximos meses - disse Saboia.

Chamou a atenção o cresci­mento da desocupação em Salvador, única região metro­olitana, entre as analisadas, onde a taxa de desemprego su­biu em agosto, passando de 9,3% em julho para 9,4%. Em agosto de 2012, a taxa de de­semprego na capital baiana es­tava em 6,4%. Também houve uma queda de 2,3% no rendi­mento dos trabalhadores da região no período. Isso pode explicar a alta do desemprego, ou seja, com a queda do rendi­mento domiciliar, mais traba­lhadores foram buscar traba­lho, incluindo pessoas que, an­tes, estavam na inatividade.

A pesquisa indica ainda que em agosto a indústria fechou 33 mil postos de trabalho nas seis regiões metropolitanas. Na com­paração com agosto de 2012, a redução é de 98 mil, quase igual à queda do número de empre­gados domésticos em um ano, de 93 mil. Por outro lado, o setor de Educação, Saúde e Adminis­tração Pública foi o maior gera­dor de postos em agosto ante ju­lho, registrando alta de 60 mil.
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