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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Economia

Setor de papel e celulose deve fechar o ano com crescimento nas exportações

O setor produtivo de papel e celulose deve fechar o ano com crescimento nas exportações. A recuperação do setor, que veio de um 2012 não muito positivo, foi destaque no primeiro dia do Congresso e Exposição Nacional de Celulose e Papel, que ocorre em São Paulo até a próxima quinta, dia 10.


Com o mercado interno estável, as exportações vêm puxando o desempenho. Em 2013, a receita com os embarques de celulose deve registrar um crescimento de 13%. De acordo com o CEO da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Elizabeth de Carvalhaes, o câmbio favorável, redução dos estoques internacionais e o aumento da capacidade produtiva brasileira são apontados como fatores fundamentais para este cenário.

– Estamos usufruindo da boa variação cambial e da precificação mais favorável do que antes, claro que precificação de commodities e câmbio são equações que se equilibram, sobe um, desce outro. De qualquer forma é um ano melhor do que 2012. Esperamos que o câmbio se estabeleça num patamar favorável – destaca Elizabeth.

– A celulose está sempre dependendo, principalmente, de um parceiro fundamental, que é a China. A china reagiu melhor do que se esperava. O país continua comprando, inclusive os preços se mantiveram em patamares bem razoáveis. Nós prevemos que um pouco mais pra frente, vamos ter certo excesso de oferta com a entrada dos grandes projetos em produção – prevê o analista de mercado, Carlos Farinha.

Elizabeth diz que bom momento estimula o cultivo de eucalipto no Brasil, principalmente, do pequeno e médio produtor.

– O Brasil vai se expandir através do pequeno e médio. Hoje, as empresas trabalham para certificar estes produtores. Isto entra no portfólio de toda esta sustentabilidade, bom manejo florestal no país. Eles terão cada vez mais participação dentro do setor como um todo – diz ela.

A partir de janeiro de 2014, o setor passa a ter uma organização diferente. Uma nova associação, que ainda não tem nome definido, deve unir todos os segmentos da cadeia produtiva.

– A Bracelpa é responsável por 2,200 milhões de hectares de floresta plantada pela fabricação de papel no Brasil. A nova associação que é a união da Abraf, Abipa, e Bracelpa vai responder por 7 milhões de hectares de florestas plantadas, e também por outros segmentos industriais, além das nossas, como carvão vegetal para indústria de siderurgia, painéis de madeira cerrada, investidores e uma série de outros segmentos industriais que vão ser representados pela mesma associação – salienta Elizabeth.

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