O pequeno produtor rural é visto como grande aliado para na redução dos problemas climáticos ocasionados pelo efeito estufa. O pesquisador da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Luiz Rodrigues Freire vê nas atividades rurais, geralmente vistas como contribuinte do aumento progressivo do efeito estufa não só poderá ajudar na redução do fenômeno como também aumentar sua fonte de renda a partir do crédito do carbono.

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A proposta foi apresentada pelo pesquisador durante o XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia que termina nesta sexta-feira (22), em Cuiabá. Segundo o professor, a retenção do carbono a partir da técnica de manejo adequando do solo é capaz de reduzir o efeito estufa e pode servir de fonte econômica para pequenos produtores rurais.

A geração de renda seria a partir da compra de crédito de carbono, que é a emissão de certificados para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa. Há vários mecanismos para evitar o aumento do gás na atmosfera como o reflorestamento, porém, o pesquisador sugere que “o aumento da matéria orgânica no solo é capaz de contribuir diretamente na retenção do carbono e consequentemente trazer benefício para o ambiente”.

Cuiabá

A proposta apresentada pelo pesquisador poderia ser uma solução aos produtores rurais de Cuiabá. Que segundo o presidente da Associação de Produtores Orgânicos do Estado Zaqueu Mario Correa, cerca de 5 mil famílias estão desassistidas de assistência técnica.

Nessas regiões as necessidades dos produtores são do mínimo como saneamento básico, saúde, educação. “Não está existindo estrutura mínima na zona rural de Cuiabá. Nem o Estado nem o Município estão olhando por nós. Mas os grandes sempre receberem ajuda”, reclama.