O poder de compra dos produtores de ovos tem diminuído devido a quedas nas cotações do produto e das altas nos preços do milho, um dos principais insumos utilizados na atividade juntamente com o farelo de soja. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), muitos avicultores não conseguem cobrir os custos de produção e já atuam no prejuízo.

Em novembro, o recuo das cotações dos ovos foi de 10% tanto para o tipo extra, branco quanto para o tipo extra, vermelho – ambos postos na região da Grande São Paulo –, com as médias da caixa com 30 dúzias passando para R$ 47,41 e R$ 50,30, respectivamente, na sexta, dia 29. Em igual comparação, o preço médio do milho comercializado em Campinas, em São Paulo, acumulou alta de 7%.

Segundo o Cepea, para os ovos, a pressão continua vindo da oferta elevada. Além do volume expressivo do produto de tamanho menor (pequeno e médio), aos poucos, a oferta de ovos maiores também aumenta, diante da retomada da produção das galinhas mais novas. Para o milho, o forte ritmo das exportações brasileiras e a valorização do dólar frente ao real são os principais fatores de impulso dos preços.