Mal passado o Natal, antes mesmo da virada do ano, começou a registrar desequilíbrio entre oferta e procura e passou a sofrer redução nas cotações, situação que vem tendo prosseguimento nos primeiros dias de 2014.

Embora esse desempenho possa ser considerado normal (e o gráfico abaixo demonstra que a curva de preço atual não é muito diferente da observada há um ano), preocupa o fato de, em apenas 12 dias, o preço pago ao produtor ter sofrido recuo de mais de 23%, índice que corresponde a uma perda média superior a 2% ao dia.

Já o frango vivo mantém uma estabilidade que vem desde o final de outubro de 2013 e ontem completou 72 dias sem qualquer interrupção, apresentando equilíbrio aparentemente inédito em toda a história do setor.

É verdade que, neste Natal, o frango vivo não obteve a valorização registrada em 2012, ocasião em que alcançou cotação até hoje não superada. Em contrapartida, não corre o risco de enfrentar o desastre ocorrido no primeiro semestre de 2013 (quando, em cerca de 100 dias, perdeu 40% do seu preço inicial), pois sua oferta permanece ajustada à demanda.

Mas se a estabilidade do frango tende a prosseguir janeiro adentro, a fraqueza do ovo tende a uma reversão nas próximas semanas. E – acredite! – já por conta da Copa do Mundo. É que, diante dos inúmeros “feriados” previstos para o mês de junho e para poder cumprir a carga horária obrigatória, estabelecimentos de ensino fundamental e médio iniciam as aulas ainda este mês. O que significa retorno da merenda escolar e de boa parte dos consumidores à rotina.