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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Economia

Indústria da carne bovina implanta “fase comercial” de chip eletrônico em cargas

A Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec) inicou a operação em “fase comercial” do transporte de carga com informações armazenadas por um chip instalado nos lacres dos contêineres. De acordo com o presidente da entidade, Antônio Camardelli, a expectativa é, no final de março, ter uma análise mais ampla da viabilidade do sistema.


A ideia do lacre eletrônico é reduzir a burocracia e agilizar a liberação da carne para exportação nos portos brasileiros. Em vez do transportador levar uma série de documentos a serem apresentados às autoridades, os dados são armazenados em um chip.

Com o contêiner lacrado, as informações são repassadas automaticamente à Vigilância Agropecuária, ligada ao Ministério da Agricultura, também parceiro da iniciativa. A checagem é feita por meios eletrônicos no momento em que a carga chega ao porto. Na avaliação da indústria da carne bovina, a tecnologia pode reduzir em até 50 horas o tempo de liberação.

Desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a ferramenta foi testada com volumes menores de carga em 2013. Neste ano, de acordo com o presidente Abiec, Antônio Camardelli, começou a implantação em escala comercial.

“Vamos monitorando e, no final desse primeiro trimestre, queremos nos reunir com o pessoal da USP para analisar os resultados e ver o que pode ser agregado ao processo”, explica.

A intenção, segundo ele, é avaliar a eficiência operacional, o custo de implantação e o retorno financeiro para as empresas. A análise deve ser feita considerando grandes, médias e pequenas cargas. “Há o ganho de tempo e o financeiro”, diz Camardelli.

Halal

Antes mesmo de obter os resultados desta primeira implantação comercial do sistema eletrônico, Antônio Camardelli informa que já existe uma expectativa de ampliação. Um dos pontos é integrar à ferramenta os critérios relacionados à identificação e exportação de produtos halal, próprias dos países árabes.

O presidente da Abiec explica que este processo de liberação é mais complicado, pois envolve também a burocracia das embaixadas dos países consumidores. “O sistema halal também vai ser integrado aos lacres eletrônicos”, garante, dizendo que já vem sendo feitos contatos com governos de países árabes para discutir o assunto.
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