A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) cobra medidas do governo para impedir instituições financeiras de praticarem a venda casada ao fazer com que os agricultores que tomem crédito sejam obrigados a adquirir o Seguro Rural no mesmo ato. O tema foi debatido nesta terça-feira (10), em, Brasília, durante reunião da entidade.

De acordo com o presidente da Frente, deputado Luis Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, a entidade vai pedir providências aos Ministérios da Agricultura e da Fazenda para evitar a prática, que foi denunciada pelos próprios produtores rurais em diversos estados.

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“A luta que a FPA e as entidades de classe tem feito ao longo dos anos, é que o produtor escolha o seguro, assim como ele compra um trator ou um defensivo da marca que ele quiser, o fertilizante que ele quiser. O seguro também”, argumentou.

De acordo com o deputado, o objetivo é evitar o monopólio. “Estamos reforçando a posição ao Geller, que foi sensível e atendeu a este pleito. A secretaria de Política Agrícola discutiu amplamente este assunto com a FPA e com as entidades de classe. Portanto, estamos colocando novamente ao ministro e levando a ele o que ele talvez não saiba, é que está acontecendo no interior do Brasil”, acrescentou.

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) divulgou um alerta no fim de maio sobre possível ocorrência de venda casada na contratação do crédito rural pelo Banco do Brasil. Segundo a entidade, a instituição estaria recebendo relatos de produtores, de que o banco condicionaria a concessão de financiamentos para custeio da safra à contratação apólices de seguro.