As vendas no comércio varejista em Mato Grosso apresentaram, até outubro, crescimento de apenas 3% em 2014 no comparativo com o ano passado. Constantes aumentos de preços, como do combustível, além das taxas de juros e inflação são alguns dos principais motivos para tal desempenho no estado.

Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), em outubro as vendas cresceram 4,4% em relação ao mês em 2013.

Apesar do volume de vendas não estar animador, a receita nominal do comércio varejista, aponta o IBGE, apresentou crescimento de 9% em 2014 frente o ano passado e de 8,3% em outubro ante o mês em 2013.

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Em recente entrevista ao Agro Olhar o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL-Cuiabá), Paulo Gasparoto, comentou que o setor está convivendo em 2014 "com uma série de dificuldades, uma vez que as vendas não crescem", apesar de estar "capitalizado".

"O comércio passou por um período de abundância nos anos de 2010, 2011 e 2012 eu acredito que ele está relativamente muito bem capitalizado para passar esse período de extrema dificuldade. O que nos preocupa são as micro e pequenas empresas, porque elas por natureza das suas atividades convivem com a burocracia fiscal violenta, de uma forma que ela não consegue mais nem conviver com isso, convive com aumento de aluguel, de gasolina, de energia, aumento do custo de folha de pagamento. As pequenas e micros já vêem seu capital de giro com taxas muito mais elevadas. Estas pequenas e micro empresas não podemos esquecer que significam 90% das empresas no estado de Mato Grosso e tem a maior empregabilidade", declarou Gasparoto ao Agro Olhar.

Comércio ampliado

No comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos e materiais para a construção, o desempenho foi de apenas 1% de crescimento no volume de vendas no ano em relação a 2013. Já em outubro 3,2% em comparação ao mês o ano passado

Brasil

No Brasil as vendas em 2014, até outubro, apresentaram alta de 2,5% apenas, segundo o levantamento do IBGE. Enquanto, a receita nominal do comércio varejista cresceu 8,9%. No comércio varejista ampliados as vendas caíram 1,5% ante o ano passado.