Se não é inédito é, pelo menos, fato raro. Em janeiro, as três principais carnes exportadas pelo Brasil apresentaram retrocesso de volume, de preço e, por decorrência, de receita. Mas não só em relação ao mês anterior, dezembro de 2014, que já havia sido fraco. A queda, quase generalizada, foi significativa também em relação a janeiro de 2014, mês em que foram registrados alguns dos piores resultados do exercício passado.

Neste caso, aliás, houve apenas uma exceção. Da carne bovina, cujo preço médio foi superior ao de um ano atrás. Mesmo isso, porém, não teve qualquer significado, pois o ganho registrado foi de apenas 1%, incapaz de impedir que também a receita cambial do produto fosse menor.

Não serve de consolo, mas é bom saber que o péssimo resultado de janeiro não ficou restrito às carnes. As exportações brasileiras, como um todo, retrocederam aos níveis de 2010. E enquanto a receita das carnes apresentou, em relação a janeiro de 2014, evolução negativa que variou de um mínimo de 12,78% (carne de frango) a um máximo de 28,88% (carne bovina), a receita do principal produto exportado pelo Brasil – o minério de ferro – teve queda superior a 50%.