O volume total do crédito das instituições financeiras registrou aumento de 1,2% em março deste ano, para R$ 3,06 trilhões, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (24). Com isso, atingiu 54,8% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 54,4% em fevereiro deste ano. Em doze meses até março, a alta foi de 11,2%.
"A evolução mensal refletiu a recuperação sazonal da demanda de crédito pelas empresas, além do maior número de dias úteis em março", informou o Banco Central. De acordo com a autoridade monetária, o saldo destinado às pessoas jurídicas alcançou R$ 1,62 trilhão em março, com aumento mensal de 1,6%, enquanto a carteira relativa às pessoas físicas cresceu 0,8%, ao totalizar R$ 1,43 trilhão.
Para todo este ano, o Banco Central está prevendo um aumento de 11% para o volume total de crédito do sistema financeiro. Se confirmada a previsão, haverá uma desaceleração pelo quinto ano consecutivo do crédito bancário - que acontece em um cenário de alta dos juros para conter as pressões inflacionárias e do aumento da tributação sobre os empréstimos.
Recursos livres X direcionados
Ainda de acordo com o BC, a carteira de crédito com recursos livres (sem contar habitacional, do BNDES e rural) alcançou R$ 1,57 trilhão em março, com aumentos de 0,8% no mês e 5,2% em doze meses. "A carteira de pessoas físicas atingiu R$ 787 bilhões, com expansão de 0,4% determinada, principalmente, pela expansão do crédito consignado", informou a instituição.
O saldo das operações destinadas às empresas com recursos livres, por sua vez, somou R$ 792 bilhões em março, com aumento de 1,3% no mês passado. De acordo com o BC, se destacara, nos empréstimos para as empresa, os repasses externos, os financiamentos a exportações - ambas influenciadas pela depreciação cambial - e outros créditos (notadamente, aquisição de recebíveis).
Já o crédito direcionado (rural, imobiliário e do BNDES) somou R$ 1,48 trilhão em março, com alta de 1,6% no mês e de 18,4% em doze meses.
"Os financiamentos a pessoas físicas totalizaram R$ 652 bilhões, expansão mensal de 1,3%, impulsionada pelo crédito imobiliário. Nas operações destinadas às empresas, saldo de R$ 830 bilhões, o aumento de 1,8% foi determinado, principalmente, pelo desempenho dos financiamentos para investimentos com recursos do BNDES, condicionado pelo aumento dos desembolsos e pelos efeitos da depreciação cambial do período", informou o BC.
