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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Economia

Bancos preveem que economia fraca segura juros

O Bradesco projetou alta de 0,25 pontos percentuais na taxa básica de juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na semana passada mas a decisão foi alta de 0,50 pontos, que elevou a Selic para 13,25%


Os maiores bancos do país, o Bradesco e o Itaú Unibanco, estão apostando que o governo vai segurar o aperto monetário por causa da fraqueza da economia. O Bradesco projetou alta de 0,25 pontos percentuais na taxa básica de juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na semana passada mas a decisão foi alta de 0,50 pontos, que elevou a Selic para 13,25%.

Mas o relatório do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco divulgado na quinta-feira passada, assinado pelo economista-chefe da instituição, Octavio de Barros, afirmou que a ata do Copom a ser divulgada nesta quinta-feira deve confirmar a expectativa do banco de que o BC optará pelo encerramento do ciclo de alta da Selic na sua próxima reunião de junho.

"Julgamos importante aguardar a ata dessa decisão, com informações adicionais que deverão confirmar nossa expectativa de que o Copom optará pelo encerramento desse ciclo de subida da Selic na reunião de junho", frisou o relatório, observando ao mesmo tempo que, ao repetir o comunicado da decisão, que considera a avaliação do "cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação", sem fornecer detalhes adicionais, o Copom manteve seus próximos passos em aberto.

"Avaliamos que esse ciclo de alta, caso não tenha terminado com a decisão de ontem (hipótese que não pode ser descartada), já está bem próximo do seu fim, levando em conta principalmente que a atividade econômica segue excepcionalmente deprimida, afetando diretamente o mercado de trabalho como revelaram os dados do C-GED e da PME. De fato, os ganhos salariais acumulam desaceleração considerável neste ano, oque favorecerá o alívio da inflação de serviços nos trimestres à frente. Além disso, a recente e expressiva apreciação da taxa de câmbio reduziu os riscos de uma alta da inflação acima da esperada", afirmou o relatório, acrescentando que o próprio modelo do Bacen, com os novos parâmetros de atividade, de Selic e de câmbio, certamente já contempla uma inflação abaixo de 4,5% em 2016.

O Itaú Unibanco também soltou relatório prevendo a manutenção da Selic. Assinado pelo economista-chefe, Ilan Goldfajn, o relatório sustentou a projeção no enfraquecimento da economia. "Entendemos que atividade econômica segue perdendo força, e o desempenho do PIB no segundo trimestre será o pior do ano. Os números recentesdo mercado de trabalho, mostrando alta do desemprego e queda nos rendimentos reais, reforçam este cenário. A confirmação desta tendência, a nosso ver, levará o Copom a manter os juros estáveis em junho, interrompendo o ciclo de alta da taxa Selic", frisou, acrescentando que a apreciação recente da taxa de câmbio também deve trazer conforto ao Copom. Redação

Segundo o Bradesco, a atividade econômica excepcionalmente deprimida afeta diretamente o mercado de trabalho, e os ganhos salariais, o que favorecerá o alívio da inflação de serviços.
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