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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Economia

Aneel autoriza aumento da conta de luz para cidades do Sul do país

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira (23) reajuste médio de 38,10% nas tarifas da Certel Energia, que atende a 47 municípios do Rio Grande do Sul. Os novos valores entram em vigor na sexta-feira (26), para os mais de 180 clientes da empresa. Para os consumidores residenciais, a alta média será de 38,74%. Já para a indústria a elevação média será de 37,05%.


Foi aprovado ainda reajuste médio de 24,75% para a Cooperativa de Distribuição de Energia – Creluz-D, que atende a 36 municípios na região Norte do Rio Grande do Sul. Os novos valores entram em vigor no dia 30 de junho. No caso dos consumidores residenciais, a alta média autorizada é de 24,79%. Para a indústria, o aumento médio poderá ficar em 24,60%.
A agência também autorizou elevação média de 16,54% nas tarifas da Companhia Força e Luz do Oeste – CFLO, que atende a 55 mil clientes em Guarapuava (PR). A alta média para os consumidores residenciais será de 14,75%, e para a indústria, de 19,02%. Os reajustes passam a valer no dia 29 de junho.

Os índices aprovados nesta terça se referem ao reajuste tarifário a que as distribuidoras têm direito e que é avaliado todos os anos pela Aneel. Em 2015, porém, devido ao forte aumento das despesas no setor elétrico, a agência também promoveu uma revisão extraordinária das tarifas, que começou a valer em março.

Eletrocar
A Aneel autorizou nesta terça redução nas tarifas aplicadas pela Centrais Elétricas de Carazinho – Eletrocar, que atua em sete municípios da Região Norte do Rio Grande do Sul. A diminuição média será de 5,53%. Para os clientes residenciais, a queda será de 1,86%. A redução maior ocorrerá na indústria, de 7,9%.

A alteração, que começa a valer no dia 29 de junho, afeta 35.702 clientes, nos municípios de Carazinho, Chapada, Coqueiros do Sul, Santo Antonio do Planalto, Almirante Tamandaré do Sul, Colorado e Selbach.

Energia mais cara
Os índices aprovados pela Aneel funcionam como um teto, ou seja, o limite para o reajuste que a distribuidora pode aplicar. A empresa tem autonomia para repassar aos consumidores um percentual menor.

Em 2015, porém, a agência vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país nos últimos meses, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país e o uso mais intenso de termelétricas (usinas que geram eletricidade pela queima de combustíveis como óleo e gás).

O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para alivias as altas nas tarifas.

Para consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as contas de luz vão subir mais em 2015 porque a lei prevê que a maior parte desse custo extra seja bancada por essas três regiões.

As distribuidoras não lucram com a revenda de energia fornecida pelos geradores (usinas), mas sim com o serviço de levá-la até os consumidores. Entretanto, podem repassar para as tarifas todo o custo com a compra dessa energia.
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