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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Economia

Previsão do mercado para inflação sobe pela 15ª semana, para 9,23%

A piora nas estimativas para a economia brasileira não dá trégua: pela 15ª semana seguida, os economistas das instituições financeiras subiram a previsão para a inflação deste ano, que passou de 9,15% para 9,23%.


Houve piora também na previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB): os analistas agora estimam que a economia sofra uma contração de 1,76% neste ano, ante 1,7% na semana anterior.

Os dados são do boletim Focus, que reúne estimativas de mais de cem instituições financeiras, divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central.

Na semana passada, o governo revisou para pior suas estimativas para a economia do país este ano. As previsões, no entanto, seguem mais otimistas que as do mercado: o governo espera que a inflação chegue ao final do ano em 9%, e que o PIB tenha uma retração de 1,49%.

Inflação

Se confirmada a estimativa para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Já para 2016, a previsão para a inflação ficou estável, em 5,4%.

Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.

PIB
Se confirmado o resultado de queda de 1,76% no PIB, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%. Para 2016, a estimativa para o PIB também ficou menor: a previsão é de uma alta de apenas 0,2% – na semana anterior, o mercado estimava uma alta de 0,33%. O governo ainda estima uma alta maior, de 0,5%.
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