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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Economia

Arrecadação registra pior valor para meses de setembro em 5 anos

A arrecadação federal continua capengando neste ano, em meio ao cenário de recessão na economia brasileira, apesar do aumento de vários tributos autorizado desde o início de 2015. Segundo informou a Receita Federal nesta sexta-feira (23), a arrecadação teve, em setembro, o pior desempenho para o mês em cinco anos.


No mês passado, de acordo com dados oficiais, o governo arrecadou, em impostos e contribuições federais, além das "demais receitas", R$ 95,23 bilhões – um queda real de 4,12% sobre o mesmo mês de 2014. É o pior valor, para meses de setembro, desde 2010, quando somou R$ 90,98 bilhões.

Acumulado do ano

Já no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, informou o Fisco, a arrecadação totalizou R$ 901,05 bilhões – com queda real de 3,72% frente ao mesmo período do ano passado. Este também foi o pior resultado para este período desde 2010, informou a Receita Federal.

O recuo da arrecadação em 2015 aconteceu apesar da arrecadação extra, neste ano, de R$ 13,1 bilhões (R$ 4,6 bilhões de transferência de ativos entre empresas, R$ 1 bilhão de remessas para residentes no exterior e R$ 7,5 bilhões pela recuperação de débitos em atraso).

De acordo com dados da Receita, a arrecadação refletiu, nos acumulado deste ano, o baixo nível de atividade econômica. De janeiro a setembro, produção industrial recuou 6,52%, as vendas de bens e serviços caíram 6,24% e o valor em dólar das importações recuou 24,38%, apesar do aumento de 4,83% na massa salarial.

Alterações em tributos

O governo também informou que a a arrecadação também se ressente, em 2015, das desonerações de tributos feitas nos últimos anos – parcialmente revertidas, em alguns casos. De acordo com informações da Receita Federal, as reduções de tributos realizadas nos últimos anos tiveram impacto de queda na arrecadação de R$ 79,5 bilhões nos nove primeiros meses de 2015, contra R$ 72,15 bilhões no mesmo período do ano passado.

O governo, entretanto, começou a aumentar impostos em 2015 como parte do ajuste fiscal para tentar reequilibrar as contas públicas. Neste ano, o governo já subiu tributos sobre empréstimos, carros, cosméticos, cerveja, vinhos, destilados, refrigerantes, bancos, receitas financeiras das empresas, taxas de fiscalização de serviços públicos, gasolina, importações, e exportações de manufaturados, entre outros. A maior parte destes aumentos já está valendo.
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