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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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10ª no Brasil

Cuiabá tem 35% das famílias com dívidas em atraso e lidera no Centro-Oeste

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Cuiabá tem 35% das famílias com dívidas em atraso e lidera no Centro-Oeste
Cuiabá tem 66% das famílias endividadas em decorrência à recessão econômica, principalmente. A capital mato-grossense é a 10ª dentre as 27 capitais com maior taxa de endividamento entre as famílias, empatada com Palmas (TO). Em termos de dívidas com contas em atraso, Cuiabá lidera o ranking na região Centro-Oeste com 35%.


Os dados constam na sexta edição da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). A pesquisa analisou o comportamento das famílias brasileiras entre 2013, ano em que houve avanço inflacionário e que exigiu que o Banco Central iniciasse um ciclo de elevação da taxa de juros, até o primeiro semestre de 2016, período em que a recessão econômica se mostrou ainda mais persistente.

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O estudo feito pela Fecomércio-SP mostra que Cuiabá aparece em segundo lugar no Ranking de Famílias endividadas na região Centro-Oeste com 66%, ficando atrás apenas de Brasília (DF) com 78%. Em Campo Grande (MS) a taxa de endividamento foi de 56% e Goiânia (GO) 34%. Contudo, ao se comparar com as 27 capitais, Cuiabá surge empatada com Palmas. A liderança pertence a Curitiba (PR) com 86% de taxa de endividamento.

O dado de Cuiabá, frente às demais capitais do Centro-Oeste, apresenta um pouco mais de piora quando se avalia a capital com mais contas em atraso. A capital mato-grossense lidera com 35% das famílias com contas atrasadas e um valor da dívida mensal por família de R$ 1.528. Goiânia que tem um percentual de 19% das famílias com dívidas em atraso, tem um valor médio de dívida por família de R$ 1.687. Já Campo Grande 28% das famílias com dívidas atrasadas e R$ 1.203 de dívida mensal, enquanto Brasília 14% de dívidas em atraso e R$ 1.415 de dívida mensal em média.

O alto índice de inadimplência em Cuiabá é creditado pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso, Hermes Martins, a crescente taxa de desemprego nos últimos meses. A falta de renda para honrar os compromissos acaba por influenciar a situação.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em agosto, revela que em 2016 Cuiabá fechou 3.414 postos de trabalho, ou seja, houveram mais demissões que contratações de janeiro a agosto. O saldo negativo foi puxado pelo comércio com -1.450, seguido da construção com -1.110.

Educação financeira

O superintendente da Fecomércio-MT, Evaldo Silva, ressalta que é necessário que haja uma educação financeira no orçamento doméstico. "Cuiabá tem um grande número de funcionários públicos, e isso proporciona mais segurança à esse consumidor, por causa da estabilidade no emprego. Além disso, esse tipo de cliente tem mais facilidade de acesso ao crédito. Nesse caso devemos avaliar que, quanto maior a oferta de crédito maior será a possibilidade de endividamento das famílias. Existe uma tendência maior desse público a cair na inadimplência".

Confira a taxa de endividamento das famílias por capitais, conforme dados da Fecomércio-SP:



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