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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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CRISE ECONÔMICA

Fechamento de empresas eleva em 211% o número de falências decretadas em Mato Grosso

Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

Fechamento de empresas eleva em 211% o número de falências decretadas em Mato Grosso
O fechamento de empresas por falta de recursos para honrar com seus compromissos foi um dos fatores que impulsionou o aumento de 211% do volume de falências decretadas em Mato Grosso no ano de 2016. De janeiro a novembro 28 falências foram decretadas no Estado, volume este superior as nove no período em 2014 e até mesmo as 15 constatadas em 2014. Os números são do Serasa Experian, que mostram somente em novembro um total de cinco falências decretadas. Segundo especialistas, as empresas enfrentam cada vez mais dificuldades em se manter diante a escassez de crédito e falta de capital de giro.


As falências requeridas em 2016 somaram até novembro um total de cinco pedidos, de acordo com o Serasa Experian. Abaixo das seis solicitadas em 2015, porém acima das duas falências requeridas em 2014.

Já em termos de pedidos de recuperação judicial requeridos o Serasa aponta um decréscimo de 136 para 85 de um ano para o outro. Porém, ao se analisar o período de janeiro a novembro de 2014, quando 34 recuperações judiciais foram requeridas, verifica-se aumento em 2016.

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Quanto as recuperações judiciais deferidas a retração no comparativo de 2016 com 2015 foi de 132 para 81, entretanto acima das 32 de 2014.

A crise econômica pela qual Mato Grosso e o Brasil passam desde 2014 é o principal motivo para tais resultados. A situação tem dificultado o acesso ao crédito e reduzido o poder de compra dos consumidores, além de elevar o desemprego.

Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Mato Grosso apresentou em outubro um saldo negativo de 2.444 postos de trabalho, ou seja, houve mais demissões que contratações, apesar do saldo positivo de 3.049 postos de trabalho gerados em 2016.

O advogado especialista em recuperação judicial Marco Aurélio Medeiros comenta que todos os segmentos foram afetados pela escassez de crédito, bem como a falta de capital de giro tendo-se em vista a questão econômica do país.

“As empresas enfrentam cada vez mais dificuldades para receber de clientes e pagar credores bancários e fornecedores", comenta o especialista.

De acordo com Medeiros, para fugir da falência os empresários podem solicitar pedido de recuperação judicial. Ele comenta que muitos desconhecem tal processo ou acham que a alternativa só comporta grandes corporações.

“A lei de recuperação judicial é acessível a empresas de todos os portes e pode evitar o fechamento ou a falência. Com a recuperação, também aumentam as possibilidades de os credores receberem e inibe o efeito cascata que vem acontecendo na atual conjuntura”.

Medeiros explica, ainda, que a recuperação judicial possibilita o pagamento de todas as dívidas com os bancos, factorings e credores em geral, dentro da capacidade que a empresa tem de gerar receitas.
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