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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Indústria no Brasil tem em janeiro maior expansão em três anos

A produção industrial brasileira cresceu 2,5 por cento em janeiro sobre dezembro, acima do esperado e na maior expansão mensal em quase três anos, mas o resultado ainda é insuficiente para consolidar uma melhora nas expectativas sobre a retomada da atividade.


Na comparação com janeiro de 2012, a produção cresceu 5,7 por cento, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também acima do esperado. O resultado mensal de janeiro é o mais expressivo desde março de 2010, quando a atividade avançou 3,4 por cento.

Segundo pesquisa Reuters, a expectativa era de que a produção industrial subisse 1,55 por cento sobre dezembro e 4,45 por cento sobre janeiro do ano passado.

Todas as categorias de uso mostraram expansão em janeiro, com destaque para a produção de Bens de capital --ligado aos investimentos--, que subiram 8,2 por cento sobre dezembro (a maior desde junho de 2008) e de 17,3 por cento ante um ano antes, interrompendo uma sequência de 16 taxas negativas nessa comparação.

"A base mais fraca e o aumento de produção de caminhões e automóveis explicam esse nível mais alto de bens de capital", afirmou o economista do IBGE André Macedo. "Tem impacto tanto da base reduzida como aumento da produção efetivamente."

Segundo dados do setor, no primeiro bimestre a produção de caminhões disparou quase 73 por cento frente o mesmo período de 2012, para 13,9 mil unidades.

O segmento de caminhões vem sendo beneficiado por linhas e programas de financiamento do governo, que envolvem também tratores e equipamento agrícolas. Segundo o IBGE, a produção de veículos automotores cresceram 4,7 por cento ante dezembro de 2012, deixando para trás dois meses seguidos de queda. Só a produção de caminhões teve expansão de 206,4 por cento.

Além de Veículos automotores, outros 17 dos 27 ramos de atividade cresceram sobre dezembro. Entre as principais influências positivas estavam Refino de petróleo e produção de álcool (5,2 por cento) e Máquinas e equipamentos (5,7 por cento) foram outras das atividades que se destacaram.

OUTROS BENS

Ainda segundo o IBGE, a categoria Bens intermediários teve expansão bem mais modesta, crescendo 0,9 por cento sobre dezembro e 4 por cento sobre janeiro de 2012, enquanto Bens de consumo teve alta de 1,2 e 4,6 por cento, respectivamente.

Dentro desta categoria, os segmentos de bens de consumo duráveis tiveram expansão mensal de 2,5 por cento e de bens semiduráveis e não duráveis, de 0,2 por cento. Sobre janeiro de 2012, o crescimento foi de 10,3 e 3,0 por cento , respectivamente.

"O IPI subiu, mas ainda está mais baixo, o que estimula o consumo e os estoques das montadoras que foram usados no ano passado já estão mais baixos", disse Macedo, referindo-se às alíquotas menores do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que ainda valem para alguns segmentos, como linha branca e veículos.

O indicie de difusão da indústria atingiu em janeiro 52,3 por cento, o maior nível desde fevereiro de 2011, quando ficou em 61,3 por cento.
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