Olhar Agro & Negócios

Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Economia

Pode haver necessidade de o governo intervir no preço do milho

A segunda safra de milho, em Mato Grosso, mal teve o plantio finalizado e já está sendo taxada como um ciclo de altos custos e lucros incertos. A expectativa baixista para os preços tem contribuído com o baixo volume dos negócios. Isso se confirma visto que já há negócios sendo fechados por R$ 13,50/sc. Esse cenário poderá levar à necessidade de intervenção governamental na comercialização do milho, de modo a garantir a obtenção de renda mínima pelo produtor.


Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), por meio do Boletim do Milho, divulgado na segunda-feira (18), uma das preocupações que impactam de forma decisiva o rendimento da safra é seu escoamento. A semeadura foi finalizada no Estado na segunda quinzena deste mês e cobriu 2,78 milhões hectares, ante 2,50 milhões, incremento espacial de 11,3%.

A safra passada, como destaca o Imea, demonstrou que os problemas logísticos têm impacto direto no transcorrer do ciclo, visto que no primeiro bimestre deste ano 3,7 milhões de toneladas, ainda da safra passada, foram exportadas pelo Estado, comprovando a dificuldade de distribuição da produção.

“O valor do frete hoje, no trecho Sorriso–Santos, encontra-se 7% mais caro do que o preço da saca. Tendo em vista a expectativa de preços para julho, na casa dos R$ 13/sc, e considerando o valor do frete pago atualmente para o trecho, R$ 320 a tonelada/t, espera-se um aumento de 47% no valor do frete, por saca, em relação ao preço pago pela saca no período. Este é o maior aumento nos gastos com frete desde agosto de 2010”.

Junto a isso, a comercialização anda em ritmo lento. A produção da segunda safra no Estado está comercializada em 20,1%. Um ligeiro aumento de 2,5 pontos percentuais em relação ao último mês.
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