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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Economia

Setor químico para fábrica devido a preço do gás

Prejudicada pelos altos preços praticados no Brasil para o uso do gás natural como matéria prima, a indústria química começou nesta semana a interromper a atividade de algumas fábricas, segundo a Abiquim, entidade que reúne o setor.


A associação não divulga nomes de empresas que paralisaram as atividades.

A Abiquim chegou a encaminhar para a Petrobras, nos últimos dias, um pedido para que sejam feitos leilões específicos para os casos em que o gás negociado vai ser usado como matéria prima.

"Isso seria apenas um paliativo, para resolver a questão mais crítica no curto prazo, enquanto o governo termina estudos e elabora uma política para o gás usado como matéria prima", diz Fernando Figueiredo, presidente da entidade.

O leilão realizado na última semana não chegou a ser atraente para distribuidoras que atuam no setor, de acordo com a entidade.

Empresas químicas da Bahia e do Rio de Janeiro foram as maiores prejudicadas.

"A situação é mais crítica entre as que atuam com o metanol. Algumas mudanças recentes de regras nos leilões aumentaram o problema", diz Fátima Giovanna Coviello, da Abiquim.

A GPC Química, uma das companhias que tem sofrido a pressão dos preços, estuda reduzir a produção de sua planta no Rio de Janeiro.

"O país precisa de uma política setorial. O gás tem diferentes usos. Alguns têm substitutos, outros não. Cada uso deveria ser tratado de modo diferente", afirma Wanderlei Passarella, presidente da GPC Química.

Procurada, a Petrobras não se manifestou.
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