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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Economia

Cooperativas do PR devem industrializar 31% a mais de trigo até 2015

As atuais 1.900 toneladas processadas diariamente saltariam para 2.500 toneladas/dia em até dois anos, a partir da ativação de dois novos moinhos no Estado, estima o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Flávio Turra.


Conforme Turra, atualmente as cooperativas concentram 24% da capacidade total de industrialização do cereal. “A participação das cooperativas mais ativamente na industrialização do trigo tem como objetivo dar sustentação a comercialização do trigo dos cooperados”, disse ao Agrodebate.

Para o dirigente da Câmara Setorial, o sistema cooperado ao qual os produtores aderiram oferece melhores rendimentos. "As cooperativas poderão contribuir com o fortalecimento da produção do cereal no país. Por enquanto, a atuação das cooperativas tem abrangência regional, mas acreditamos que o modelo usado do Paraná poderá ser adaptado a realidade de outros estados com resultados positivos", disse ainda o coordenador.

A fala é uma referência à exportação do atual modelo paranaense para outras unidades federadas. Intenção é fortalecer este ramo naqueles estados onde a atividade ainda não existe. Ele cita o caso de Mato Grosso, que dispõe de condições geográficas e climáticas favoráveis.

“Mato Grosso possui condições necessárias de solo e de clima para o cultivo do trigo. Outro fator importante é a procura pelas variedades mais adequadas à região, pois assim a qualidade e a produtividade serão maiores”, disse ao Agrodebate. Turra já participou de reunião da Câmara Técnica do Trigo mato-grossense, onde apresentou o trabalho paranaense.

Com indústria

Mesmo sem produzir trigo, Mato Grosso conta com uma indústria de processamento do produto. Ela funciona no Distrito Industrial da capital Cuiabá, mas precisa importar a matéria-prima.

“A única vez que adquirimos trigo cultivado em Mato Grosso foi há três anos. Era um produto de bastante qualidade. Fora isso sempre importamos o produto da Argentina ou, em raras ocasiões, do Sul do Brasil”, citou o gerente regional de vendas do moinho, Otto Correia.
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