Em uma fazenda que concentra a maior área plantada com melão do Brasil, com 6,7 mil hectares, a colheita já começou.

A safra 2013 deve ser praticamente igual a do ano passado com previsão de 200 mil toneladas de melão a serem colhidas até fevereiro de 2014.

Para os produtores, o mercado da fruticultura no momento é estável, o que preocupa agora são as reservas dos poços usados para irrigação.

Cerca de 60% da produção deve ser destinada à exportação, países como Inglaterra, Espanha e Holanda vão absorver boa parte do melão brasileiro.

A Europa continua sendo a maior consumidora da fruta nacional, mas isso pode mudar. Este ano, pela primeira vez, fruticultores do Rio Grande do Norte conseguiram fechar contratos com clientes da Ásia e de início, vão enviar 8 mil toneladas para Hong Kong e Cingapura.

O Rio Grande do Norte produz mais da metade da safra nacional de melão. Cassiano Monte é gerente de exportação de uma grande fazenda e conta que testes foram feitos antes de fechar os contratos com os orientais para saber a resistência e a durabilidade da fruta.

Apesar da entrada dos novos mercados, os fruticultores ainda estão trabalhando com preços antigos. Há três safras, a caixa do melão de 13 quilos é vendida por US$ 10.

Para os fruticultores, os preços podem ser reajustados nos próximos anos, o importante agora é conseguir agradar o paladar dos orientais com o melão brasileiro.