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Domingo, 21 de julho de 2024

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Brasil e China costuram apoio mútuo e ocupam os dois principais cargos da OMC

Na oportunidade, Azêvedo irá apelar pela manutenção do sistema multilateral do comércio mundial, que hoje se encontra em crise. O brasileiro assume com a incumbência de desatar um dos ‘nós’ mais complicados do comércio mundial: o impasse na Rodada Doha, que consiste na queda de braço entre mercados emergentes, como Brasil, China, Rússia, Turquia e Africa do Sul, e de países desenvolvidos (leia-se EUA e União Europeia).

Foto: Reprodução

O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comérfcio (OMC)

O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comérfcio (OMC)

Como gratificação ao apoio dado pela China na eleição de Roberto Azevêdo para o posto de diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), o brasileiro nomeou o chinês Yi Xiaozhun para assumir a vice-diretoria do principal órgão regulador da economia mundial. A China nunca havia ocupado um cargo tão importante dentro instituição. Especialistas vêem a nomeação como estratégica, tendo em vista a importância da organização no cenário político e econômico mundial.


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Com a nova configuração, Brasil e China passam a exercer mais influência nas regras do comércio mundial. Como informado pelo jornal Estadão, Roberto Azevêdo também nomeou um nigeriano, um alemão e um norte-americano como adjuntos. Primeiro brasileiro a ocupar o cargo, Azevêdo terá pela frente muito trabalho.

No dia 09 de setembro, quando ocorre seu discurso de posse, o Conselho Geral da OMC organiza um reunião especial, como forma de prepara-lo para os desafios que terá de assumir, como encontro agendado com os líderes do G-20, grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.

Na oportunidade, Azêvedo irá apelar pela manutenção do sistema multilateral do comércio mundial, que hoje se encontra em crise. O brasileiro assume com a incumbência de desatar um dos ‘nós’ mais complicados do comércio mundial: o impasse na Rodada Doha, que consiste na queda de braço entre mercados emergentes, como Brasil, China, Rússia, Turquia e Africa do Sul, e de países desenvolvidos (leia-se EUA e União Europeia).

Os emergentes reclamam maior poder na tomada de decisão. O principal ponto de discórdia é que os países membros querem que os mercados emergentes tenham mais responsabilidade, mas não especificam quais são estas responsabilidades e de que forma eles devem agir. É o ''em troca de'' que ainda não foi decidido.

As pressões protecionistas praticadas pelos desenvolvidos, usando a recessão como justificativa para adoção da prática tem prejudicado os emergentes, alegam os segundos. A OMC, que até então estava sob comando do francês Pascal Lamy, se absteve da discussão, explicando que não cabia a organização discutir questões sobre o mercado internacional de divisas, cuja atribuição é do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Contudo, com Brasil e China fazendo 'dobradinha' a frente da dirietoria da OMC, as negociações com os países desenvolvidos deve ficar de mais próximo de algo que possa ser classificado como 'de igual para igual', analisam alguns especialistas.
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