Segundo pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado na última sexta-feira, o custo de vida da cidade de São Paulo no mês de agosto apresentou uma taxa de 0,09%. Uma variação igual à registrada no mês de julho. Para as famílias de baixa renda o valor foi negativo correspondendo a 0,05%. A pesquisa mostra também que o grupo que teve maior elevação foi o da Saúde com 0,65%, seguido da Habitação com 0,04%. Destacam-se também os custos do transporte, que tiveram queda de 0,15%, e de equipamentos domésticos, que foi de 0,39%. O aumento do custo da saúde contribuiu com 0,10 pontos percentuais no resultado da inflação para o mês de agosto. De acordo com o Dieese, os maiores aumentos se deram na assistência médica, principalmente da alta nos seguros e convênios, exames laboratoriais e consultas médicas.
Medicamentos e produtos farmacêuticos não apresentaram variação em seus preços, permanecendo em -0,01%. No setor de Habitação, os subgrupos apresentaram taxas que variavam entre 0,25%, no caso de locação e impostos e condomínio. Os alimentos in natura acabaram beneficiando bastante a população de baixa renda, segundo o Dieese. Cebola teve uma queda considerável de 18,30% e batata 9,50%. O feijão também sofreu uma forte redução, chegando a uma queda de 7,56%. O arroz teve um aumento de 0,18%. Os legumes tiveram uma redução de 2,31%, que se deve ao tomate, que teve uma queda de 13,39%. Na indústria de alimentação, vários produtos apresentaram pequenas variações de aumento ou retração nos preços, sendo que o produto que mais sofreu variação foi o leite longa vida, com 6,85%.
Nas alimentações feitas fora de casa, os lanches tiveram variação de 0,39%. O grupo de Transporte registrou taxa negativa de -0,15%, resultando na queda dos preços de combustíveis. A gasolina teve uma queda de -0,40% e o álcool -1,39%. Além do índice geral, o Dieese calcula mais três indicadores de inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em agosto, as taxas foram crescentes na relação com o poder aquisitivo das famílias. O impacto, para as famílias, do aumento verificado nos componentes do grupo Saúde foi crescente conforme a elevação do poder aquisitivo das pessoas.
