Olhar Agro & Negócios

Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Economia

Dólar valorizado aumenta negócios com a soja na moeda norte-americana

A terra seca recebe o adubo espalhado pela máquina. Os produtores fazem esse trabalho agora em setembro na esperança de que logo venha a chuva para poder começar o plantio.


O fertilizante que os irmãos Cembranel usam na fazenda em Silvânia, no sudeste goiano, vai ser aplicado em mil hectares. A novidade para eles este ano é que parte da soja que ainda nem foi semeada, já está vendida em dólar.

A fazenda espera colher 50 mil sacas. Dez mil foram negociadas na base de US$ 21 cada.

Na prática, o produtor está aproveitando a valorização do dólar para pagar uma dívida que fez em real. Quando comprou o adubo no final de maio, o dólar valia R$ 2,05.

Outro produtor que também antecipou a venda da soja em dólar é Carlos Mayer. “O real é mais vulnerável porque as empresas seguem a Bolsa de Chicago e o preço é em dólar. Peguei em dólar, eu vendo em dólar para não ter descompasso”, diz.

Mas nem todo mundo prefere fechar os negócios em dólar. Em Leopoldo de Bulhões , também no sudeste de Goiás, os sócios Izair e Afonso fecharam todos o negócios em reais.

Eles vão plantar 4 mil hectares e devem colher 200 mil sacas. A última venda de 15% da produção foi fechada por R$ 60 a saca para entregar em abril do ano que vem. Nesse mês, vencem os compromissos que eles fizeram para pagar em reais. “Vou receber em real e pagar em real. O dólar é complicado porque se sobe muito, impacta nos custos da próxima safra”, explica Afonso Van Lieshaut.

Nos Estados Unidos, a safra vai ser melhor que a do ano passado, que foi muito prejudicada pela seca, mas também não será uma produção normal. O Departamento de Agricultura informa que 15% das lavouras do país não estão em boas condições.
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