Em Nova York também foi registrada alta de 28 pontos, com contratos para outubro/13, negociados a 16,79 centavos de dólar por libra-peso.

De acordo com a análise da Archer Consulting, divulgada no último sábado (7), a alta foi ilusória, pois foi devidamente "apagada" pela valorização do real. "Assim sendo, se compararmos o fechamento da semana em reais em relação à sexta-feira anterior, veremos que, na ponta do lápis, o mercado fechou em queda de R$ 7 por tonelada de açúcar", comenta Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting.

Ainda segundo Corrêa, no cenário macro tem algo que pode afetar o mercado de açúcar. "Dados sobre a criação de novos postos de trabalho nos EUA e a revisão do número de empregos do mês anterior mostram que a recuperação da economia americana não está tão maravilhosa como se pensava. Dessa forma, segundo alguns economistas, pode ser que o dólar já tenha batido no teto, o que deve provocar uma correção no preço das commodities. De maneira geral, as commodities subiram na semana, cacau 5%, açúcar 2.8%, petróleo 2.4%, café 1%", comentou.

Uma análise divulgada hoje (9) no Valor Econômico mostra que a valorização do real em relação à moeda americana foi decisiva para elevar as cotações da commodity. "O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, por isso a situação do real em relação ao dólar tem tanta influência sobre os preços. A moeda brasileira em alta desestimula as vendas por parte dos produtores, na medida em que diminui a rentabilidade das exportações, por isso as cotações cederam na sessão passada", explicaram os especialistas ouvidos pelo jornal.

Mercado interno

No Brasil, o mercado de açúcar fechou em alta na última sexta-feira. Segundo índices medidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, que se concentram nos negócios firmados pelas usinas paulistas, a saca de 50 quilos do tipo cristal foi negociada a R$ 44,51, uma valorização de 0,07% em relação à véspera.
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