Engarrafadoras mexicanas de bebidas não alcoólicas se comprometeram a elevar em 50% suas compras de açúcar de cana em 2014, em meio aos baixos preços internacionais da commodity e a possibilidade de um imposto especial sobre bebidas com açúcar.

O México é o quinto maior produtor mundial de açúcar e um dos maiores consumidores per capita de refrigerantes.

O governo mexicano propôs a cobrança de um imposto especial para bebidas com açúcar, num esforço para combater a obesidade e o diabetes tipo 2 no país. De acordo com o projeto anunciado pelo presidente Enrique Pena Nieto, no domingo, 8, seria cobrado um imposto de 1 peso mexicano (cerca de US$ 0,08) por litro de bebida com açúcar. Segundo o governo, o imposto representaria uma arrecadação anual de pouco mais de US$ 900 milhões.

Emilio Herrera, que representa engarrafadoras de produtos da Coca-Cola e da PepsiCo, assim como de outras marcas, disse que o objetivo é elevar para 70% a participação do açúcar entre os produtos usados para adoçar bebidas.

Carlos Blackaller, presidente da associação dos produtores de cana-de-açúcar do México, disse que o açúcar deve representar cerca de metade dos adoçantes vendidos a fabricantes de bebidas. Essas companhias compram cerca de 15% da produção doméstica de açúcar, afirmou Blackaller, enquanto 40% é exportada.

A proposta do imposto especial sobre bebidas com açúcar deve ser votada no Congresso em meados de novembro, e as indústrias de açúcar e bebidas já estão fazendo lobby contra a medida. Fonte: Dow Jones Newswires.