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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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'Pantanal não é Amazônia'; pesquisa revela que mais de 60% dos brasileiros não sabem onde está o bioma

Foto: WWF-Brasil / A.Camboni/ R.Isotti-Homo Ambiens

Vista aérea do Pantanal

Vista aérea do Pantanal

Preservação de áreas ambientais, desmatamento e sustentabilidade são alguns dos termos que estão em evidência nos últimos anos. Porém, ao contrário a população ainda tem dificuldade sobre as terminologias e biomas presentes no Brasil. Um exemplo disso foi constatado na pesquisa realizada pelo Ibope, a partir de uma solicitação da Organização não Governamental WWF Brasil e banco HSBC. O resultado, apresentado em Cuiabá nesta quinta-feira (24), revelou que 66% das pessoas não sabem informar em qual região se encontra o Pantanal no Brasil e o confundem com a Amazônia.


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Durante a apresentação da pesquisa, o coordenador do Programa Água Para a Vida da WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas, disse que “ouviu falar não significa compreender. Noventa e dois por cento dos brasileiros não visitaram o Pantanal, que é um destino muito mais de turistas estrangeiros”, lamentou.

Outro dado evidenciado pelo estudo é que “37% da população confunde o Pantanal com a Amazônia. Essa que é a maior planície inundada do Planeta. A água que rega esse local vem do Cerrado e o Pantanal se tornou uma área de risco devido ao desenvolvimento rural", criticou Glauco Kimura.

A pesquisa solicitada pela Ong é inédita e foi realizada em duas etapas, sendo uma nacional e outra regional. O estudo ouviu 2.002 pessoas nos 26 estados brasileiros e 504 moradores de municípios de Mato Grosso, local onde está localizada a maioria das nascentes do Pantanal.

Apesar de a pesquisa ter questionado apenas se a população já ouviu falar sobre a região do Pantanal e suas características, o levantamento desses dados serve como diretriz para elaboração de projetos voltados para a preservação dessa área, como apontou o coordenador do programa.

“A percepção dos moradores [da região do Pantanal] dá subsídios para que possamos desenvolver trabalhos e ações de preservação. É importante saber o que eles pensam”, argumenta.

A WWF- Brasil já havia publicado, em 2012, o estudo “Análise de risco ecológico da Bacia do Paraguai”. Nela, pode ser constatado que a degradação das nascentes e o assoreamento eram os principais problemas do bioma. A pesquisa apresentada na manhã desta quinta-feira corroborou com os dados do ano passado. De acordo com a pesquisa, 40% da população apontou a degradação das nascentes como o principal problema ambiental do bioma e 47% o assoreamento.

Conhecido como a maior planície alagada do Planeta, o Pantanal tenta sobreviver ao desenvolvimento das cidades existentes em seu entorno e a expansão da agropecuária. Segundo mostra a pesquisa, houve uma significativa melhora da qualidade de vida nas cidades, mas em contrapartida os prejuízos ao meio ambiente aumentaram. Mais uma vez, as condições dos rios, nascentes e córregos da região foram alvos de opiniões pessimistas.

Cinquenta e um por cento das pessoas seguem essa julgamento e outros 63% tem a percepção de que a disponibilidade de peixes nos rios da região piorou. Entretanto, o coordenador da Ong chama a atenção “para a ampliação da divulgação desse bioma para ter mais pessoas engajadas em programas ambientais”.
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