Um gavião-real, também chamado de harpia, foi devolvido à natureza em Manaus. A ave era criada numa gaiola e passou por um processo de readaptação até ter condições de ser libertada.

A ave só tem três anos e meio, mas já traz marcas na história.

O cativeiro ficava em uma fazenda na área do município de Itacoatiara. Depois de resgatado, o gavião-real foi levado para uma área completamente isolada, em um hotel de selva no Rio Negro. O contato com pessoas foi o mínimo possível.

O gavião ficou na área de reabilitação por aproximadamente um ano e quatro meses, onde reaprendeu a voar, caçar e foi preparado para ganhar a liberdade.

Antes desse momento foi preciso passar por um estresse com o uso de viseira e as garras amarradas. O trabalho de conter a harpia foi do escalador Olivier Jaudoin. Isso foi necessário para a ave receber uma identificação e um rádio localizador, que deve usar por pelo menos três anos, tempo de vida da bateria do equipamento.

Depois de tudo pronto, a natureza foi colocada ao alcance da ave. A grandeza do momento não intimidou a harpia por muito tempo e em 10 minutos ela ganhou o mundo. O voo foi rápido e perfeito, com um impulso de ave experiente, segundo os pesquisadores, mas ele não foi muito longe. Jefferson Valsko, biólogo do Inpa, conseguiu logo captar o sinal.

Enfim o gavião-real está em casa e depois de ganhar a liberdade, agora é enfrentar a sobrevivência na floresta