Terminou nesta sexta-feira, 14 de dezembro, o plantio de mudas de árvores nativas no cerrado, na Fazenda Entre Rios, em Goiás. " Faremos esse experimento em uma área de pouco mais de 1 hectare. Vamos plantar 2.100 mudas em uma cabeceira seca, onde havia erosão. Ao longo dessa cabeceira, existe uma nascente. As árvores vão evitar a erosão e preservar a nascente. O grande produto deste experimento é a água", conta o Dr. Felipe Ribeiro, Coordenador Regional do Bioma Cerrado.

Segundo o coordenador nacional do Projeto Biomas, Dr. Gustavo Curcio, o experimento cumpre o objetivo principal do projeto que é a reintrodução da árvore nas propriedades rurais. "Neste caso, ainda prevemos alguns ganhos. Vamos dar condições à nascente do rio para que permaneça saudável, protegida por essas mudas que plantamos hoje e que crescerão em breve. Pegamos outra área, adjacentes à nascente, onde plantamos mudas com potencial enconômico, como o jequitibá, algumas frutas, macaúba, entre outras", explicou.

Um dos proprietários da Fazenda Entre Rios, Adriano Varela Galvão, acompanha o plantio das mudas e se diz muito satisfeito em ter sua propriedade escolhida pela equipe do Projeto Biomas. "O projeto é muito interessante. Eles estão utilizando uma área que estava perdida. Nós não sabíamos o que fazer. Agora, estamos ansiosos pelos resultados e satisfeitos porque esses resultados vão ajudar outros produtores também".

O CORAÇÃO DO PROJETO BIOMAS

A coordenadora Executiva do Projeto Biomas, Cláudia Rabello, explica que a fase do plantio de mudas faz parte do Plano de Ação 3. "O Projeto Biomas foi planejado para ser executado em 5 etapas. No cerrado, estamos na terceira etapa, que é a fase do plantio. Esse é o coração do projeto biomas. É a reintrodução da árvore na propriedade rural".

O Projeto Biomas já está sendo desenvolvido nos seis biomas brasileiros, cada um em uma fase diferente do projeto. Com exceção do Cerrado e da Mata Atlântica, que passam pelo mesmo período: o plantio das mudas.
A PARTICIPAÇÃO DO SENAR

Depois de terminar o plantio de mudas, os pesquisadores começam o monitoramento da área. "Essa fase dura 7 anos", conta Cláudia Rabello. "Neste período, nós recorremos ao SENAR para capacitar os multiplicadores do Projeto Biomas. Eles vão levar aos produtores e técnicos os resultados dos nossos experimentos e o conhecimento necessário para aliar produção e preservação, com mais renda ao produtor, com mais sequestro de carbono e tantas outras vantagens que ainda vamos descobrir", diz a coordenadora executiva.

SOBRE O PROJETO BIOMAS

O projeto é uma parceria entre Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os estudos já estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros. Os pesquisadores buscam soluções para a produção sustentável de alimentos, a partir da reintrodução da árvore nas propriedades rurais do Brasil. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes. (Assessoria de Comunicação Digital do Sistema CNA/SENAR)