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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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tratada com CCA

Arsênio é um dos elementos tóxicos liberado na queima de madeira tratada com CCA

Foto: Da Assessoria

Arsênio é um dos elementos tóxicos liberado na queima de madeira tratada com CCA
Instituto de ensino localizado em Santa Catarina realizou uma pesquisa com o Eucalyptus citriodora (conhecido popularmente como eucalipto), utilizado como elemento construtivo, comk o próposito de verificar o comportamento dos diversos materiais afetados pela variação de temperatura. O estudo analisou a madeira tratada com CCA (Arsenato de Cobre Cromatado) e a não tratada, durante o processo total ou parcial de queima. “A madeira tratada com CCA apresentou uma liberação maior daqueles elementos (arsênio, cobre e cromo), quando comparada à madeira não tratada”, comentou o professor do curso de Engenharia Civil da Unesc, Marcio Vito.


O CCA é o preservativo responsável pelo maior volume de madeira tratada e tem sido utilizado amplamente no mundo inteiro desde a sua descoberta, em 1933, pelo cientista indiano Sonti Kamesan. Os componentes presentes, principalmente arsênio e cromo, são elementos com alta toxicidade e, em vários países, há restrições quanto à sua utilização.

“Este fator pode ser considerado preocupante, uma vez que pequenas quantidades, principalmente de arsênio, podem levar a condições agravantes de saúde”, explicou Vito. O professor explica que a exposição está muito acima do permitido. “Por exemplo, para o caso do arsênio, o máximo de exposição ao ser humano (determinado pela Organização Mundial de Saúde) seria inferior a 0,00001 mg/l e o observado em laboratório foi de 0,881 mg/l, ou seja, 88.100% acima do permitido”, revelou.

O pesquisador explica que a nível mundial o CCA foi substituído por CCB (Óxido Cuproso e Boro), mas que, segundo ele, também é um produto preocupante. “O boro não se adere a madeira como o arsênio, provocando o processo acelerado da sua liberação. Dessa forma em todos os países fica uma lacuna na espera de um produto mais eficaz”, afirmou.

Norma brasileira

A norma brasileira (NBR 10004:2004) determina o uso do CCA como Classe 1 (perigosos) no que se refere à lixiviação (liberação do elemento), mas não especifica a classificação quanto à volatilização (passagem do estado sólido ou líquido para o gasoso). “O que deveria ser considerado, já que em condições de incêndio há grande liberação de fumos, principalmente com o uso em ambientes de grande concentração de pessoas, tal como o ocorrido na cidade de Santa Maria, onde o acidente em janeiro levou a morte mais de 230 vidas por toxidade e mais de 100 foram hospitalizadas com problemas de pneumonia química”, comentou.
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