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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Cientistas criam base de dados sobre corujas

Foto: Dario Sanches/Fotor.com

Coruja-buraqueira, comum no Brasil

Coruja-buraqueira, comum no Brasil

Pesquisadores de 65 países estão colaborando com o Projeto Global das Corujas (The Global Owl Project) na compilação de um vasto banco de dados sobre corujas de todo o mundo. Liderado pelo biólogo americano David Johnson, o projeto pretende reunir informações sobre descrições, história, genética, vocalizações, estimativas populacionais, e até mitos e lendas sobre essas aves.


As corujas, especialmente as de hábito noturno e talvez por fazerem ninhos em cemitérios, costumam estar associadas a estórias de magia e mau augúrio por alguns povos, em uma superstição sem fundamento. Os gregos, ao contrário, não apenas as valorizavam como aves benfeitoras, como as consideravam símbolo de sabedoria, chegando a associá-las a Atenas, deusa da sabedoria.

O fato é essa ave totalmente inofensiva é muito útil para o equilíbrio biológico, tanto de zonas urbanas como rurais, por se alimentar de ratos, morcegos, répteis e insetos. Sem as corujas, a população de roedores seria incontrolável, desolando lavouras e celeiros de grãos, e transmitindo doenças.

No mundo, até pouco tempo eram conhecidas pouco mais de 210 espécies ou tipos de corujas, das quais 24 são encontradas no Brasil, segundo o estudo Corujas Brasileiras, de José Carlos Motta-Júnior, do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências da USP. Entre elas, as mais conhecidas são as corujinhas-do-mato ou buraqueiras (Athene cunicularia), de hábitos também diurnos.

O estudo mundial é bem vindo, pois as corujas não são animais muito pesquisados, provavelmente por serem aves noturnas, de difícil visualização. Não chegam a entrar na “Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção” do Ibama, talvez até por falta de pesquisas.

Entre as causas não naturais de mortes dessas aves de rapina no Brasil estão perseguições e mortes causadas intencionalmente por pessoas, atropelamentos, eletrocussões, contaminações e acidentes com arames farpados. A ampliação da divulgação de informações sobre as corujas é bem vista pelos pesquisadores, como uma forma de diminuir o preconceito e, consequentemente, as mortes intencionais.
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