A condição climática de agosto apresenta um padrão típico para esta época do ano. O mês já pode ser considerado o mais seco de 2013 na região Central do Brasil. Na maior parte do país prevaleceu um período totalmente seco.

Nos últimos 20 dias, as chuvas se concentraram apenas entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no leste do Nordeste e no extremo Norte. As precipitações no litoral nordestino têm favorecido as lavouras de cana-de-açúcar e no Sul, os reservatórios de arroz foram beneficiados.

O tempo seco em agosto aumenta as áreas sobre o interior do Brasil onde as condições de umidade do solo se mostram totalmente secas, incluindo Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso, norte de Minas Gerais e o interior do Nordeste. Porém, como a maioria dos Estados ainda está no período do vazio sanitário, a colheita do milho segunda safra foi a mais beneficiada pela falta de chuvas. As lavouras mato-grossenses são as mais adiantadas, com 96% da área colhida, seguidas pelas goianas, com 93%. Todas as regiões produtoras brasileiras estão com índices de colheita acima da média dos últimos cinco anos.

– As condições de água disponível no solo continuam favoráveis, acima de 60% sobre os três Estados do sul do Brasil e também em partes de Mato Grosso do Sul, São Paulo, sul de Minas Gerias e no Rio de Janeiro, além da faixa leste da região Nordeste, que atravessa sua estação chuvosa – explica o climatologista da Somar, Paulo Etchichury.

Previsão

O tempo não muda muito em relação ao observado nas últimas semanas. A previsão até o final do mês é de tempo seco e predomínio de sol em grande parte do Brasil Central. Nos próximos dias volta a chover somente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, por causa da passagem de uma frente fria. O sistema organiza umidade no sul do Paraná também, mas nos outros Estados não chega a causar chuva agrícola, aquela com acumulado acima de 10 milímetros.