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Domingo, 30 de junho de 2024

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análise

Preços da carne bovina devem continuar elevados nas próximas semanas

O incremento no abate está ancorado no aumento das exportações em 2013. A média mensal de embarques em 2013 está em 21.6 mil Toneladas Equivalente Carcaça (TEC) – cerca de 15% a mais que a média registrada no ano anterior.

Foto: Ilustração

Preços da carne bovina devem continuar elevados nas próximas semanas
O preço da carne bovina deve seguir em alta nas próximas semanas, devido à baixa oferta de boiadas terminadas e a demanda aquecida pela proteína, segundo dados do Boletim da Bovinocultura, elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgado nesta terça-feira.


Em termos nominais, a arroba do boi gordo em Mato Grosso não atingia preços tão elevados desde novembro de 2010. Neste mês de outubro, o preço médio pago ao pecuarista, livre de Funrural, gira na casa de R$ 95,84. A terceira semana desse mês foi encerrada com mais uma valorização de preços do boi gordo - a oitava alta consecutiva.

Ao mesmo tempo em que há escassez de boiadas prontas para abate, a demanda aquece. De janeiro a setembro de 2013, Mato Grosso mandou para o gancho cerca de 502.7 mil cabeças por mês, em média, que significa alta de 9,4% frente à média dos primeiros nove meses de 2012 (459.4 mil).

O incremento no abate está ancorado no aumento das exportações em 2013. A média mensal de embarques em 2013 está em 21.6 mil Toneladas Equivalente Carcaça (TEC) – cerca de 15% a mais que a média registrada no ano anterior.

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Mas, enquanto o pecuarista que tem boi terminado para vender comemora os melhores preços do ano, a indústria frigorífica vê sua margem ficar mais “apertada”. Conforme o Imea, quando é considerado somente o custo de aquisição da matéria-prima e colocam-se ao final da balança da indústria frigorífica os principais cortes com osso no atacado (traseiro, dianteiro e ponta de agulha) chega-se a um resultado do equivalente físico de 6,2% menor que o custo de R$ 95,84 por arroba pago ao bovinocultor de corte.

“A indústria também elevou seus preços de venda, porém ainda estão abaixo do custo com a matéria-prima e é provável que o cenário continue, pressionando ainda mais a indústria frigorífica”, analisa o instituto.
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