Quer dizer, de abril em diante e até outubro corrente, os preços deste ano apresentaram evolução bem aquém da “curva histórica”, chegando a apresentar em seu pior momento (junho) defasagem superior a 32 pontos percentuais.

Tais resultados, naturalmente, podem levar à conclusão de que 2013 vem sendo anormal para o setor. Mas não é bem assim, pois anormal foi o preço que serve de base para as projeções do corrente exercício, ou seja, a média registrada em dezembro de 2012, a segunda mais elevada de toda a história recente da atividade.

Que fique claro: não que a média do final do ano passado tenha propiciado resultados excepcionais. Ela apenas acompanhou (tardiamente, diga-se de passagem) a alta de custos enfrentada no segundo semestre de 2012 e responsável pela eliminação de muitas empresas e produtores do setor. Mas não há como negar que aquela foi uma condição anormal de mercado – que se reflete nas projeções de 2013.

Isso posto, o fato de outubro estar sendo fechado com uma diferença de 15 pontos percentuais em relação à média histórica (97%, contra a média histórica de 112%) não tem grande significado. Mesmo assim, o atual comportamento do mercado deve ser motivo de preocupação por que:

(1º) em relação ao mês anterior, outubro corrente registrou evolução inversa (baixa de preços) à da média histórica;

(2º) pela média histórica, os preços médios registrados no bimestre final do exercício são inferiores aos registrados em outubro.

Ou seja: se o padrão histórico persistir, a média de novembro vindouro pode sofrer novo recuo (de cerca de 4% em relação a outubro), enquanto a média de dezembro, embora em recuperação, pode ficar perto de 2% aquém da alcançada no corrente mês.