Os criadores de leitão de Minas Gerais comemoram a alta no preço. Coma a aproximação das festas de fim de ano, a procura aumenta e falta produto.

O professor universitário João Marcos Caixeta Franco aprecia a carne suína por tradição. Festa na casa da família é certeza de encontrar pernil e leitoa, principalmente nas comemorações de fim de ano.

Nos últimos dias – e até o final do ano –, o movimento em um açougue de Campanha é grande, com cerca de 90% dos clientes procurando cortes suínos e a tradicional leitoa.

Mesmo com o aumento no preço da carne este ano, as vendas estão a todo vapor. O quilo do pernil, que no ano passado custava R$ 11,90, este ano está R$ 12,30. Já a leitoa passou de R$ 18 o quilo para R$ 20.

Minas Gerais responde por 15% da criação nacional de suínos. De acordo com a Associação dos Suinocultores, o quilo do porco vivo era vendido a R$ 3,70 em outubro. Esta semana subiu para R$ 4,10, um aumento de 11%, e a expectativa é que continue subindo.

Há dois anos, o cenário na propriedade do criador Alexandre Borges era bem diferente. O produtor estava desanimado com os preços e chegou a pensar em abandonar o ramo, mas a expectativa de aumento nas vendas de 2013 trouxe ânimo e ele decidiu ampliar a criação em 50%.

Borges ampliou as matrizes de 12 para 30. Parte dos leitões está em fase de engorda e já tem mais chegando para as encomendas de final de ano. “Pretendo vender umas 70 ou 80 unidades até o final do ano”, diz.