Os pecuaristas de Mato Grosso do Sul iniciaram o ano com boas expectativas para 2014. Os negócios com a venda de gado estão rendendo um bom dinheiro e até o preço da vaca subiu. A crescente demanda no mercado interno e externo sinaliza que a arroba deve voltar a subir.

O boi gordo no confinamento é sinônimo de dinheiro vivo nas mãos do criador Jorge Tupirajá. O pecuarista cria animais de várias raças na fazenda, que fica em Campo Grande. Por ano, ele envia mil cabeças para abate. Um lote com novilhos superprecoces deve ser encaminhado para o frigorífico nos próximos dias e por estes animais, Jorge deve receber R$ 106 a arroba.

E não é apenas o preço do boi que está animando os pecuaristas. Os valores pagos pela arroba das fêmeas também tiveram aumento. 

O pecuarista João Borges já está com um lote de fêmeas pronto para o abate, no município de Terenos. São 60 cabeças de vacas e novilhas, que devem ser encaminhadas para o frigorífico nos próximos dias. No último embarque, feito no final de 2013, ele conseguiu R$ 102 por arroba, cotação jamais vista pelo criador.

A carne de vaca é menos valorizada porque a fêmea é abatida mais velha que o macho. Essa diferença, normalmente, fica na casa dos 10%. Mas este ano, segundo os criadores, o preço está apenas 6% menor por causa do momento de recuperação vivido pelo setor.