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Terça-feira, 25 de junho de 2024

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SANIDADE ANIMAL

Setores produtivos aguardam laudo sobre mal da vaca louca em Mato Grosso

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Setores produtivos aguardam laudo sobre mal da vaca louca em Mato Grosso
O suposto caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecido como mal da vaca louca, em Mato Grosso no momento não é para alardes na opinião de entidades ligadas ao setor produtivo, visto ainda não ter sido confirmado. Nesta semana o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou a investigação de um caso em Porto Espiridião, há cerca de 30 quilômetros da fronteira com a Bolívia, em um animal levado ao abate com cerca de 12 anos.


Na quinta-feira (24), à tarde, a superintendência do Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Mato Grosso e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) comunicaram, durante reunião, oficialmente a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) sobre as investigações do caso isolado do mal da vaca louca. A reunião contou ainda com a presença de representantes do Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa).

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Em nota a Famato declara que irá ficar atenta as investigações e que aguarda o laudo conclusivo do exame de sanidade animal. "A entidade reforça que o momento é de investigação e, por conta disso, especulações sobre um fato que ainda não foi comprovado são desnecessárias. Acreditamos na transparência dos órgãos oficiais e vamos continuar acompanhando o caso. A previsão é de que o laudo oficial seja divulgado pelo Mapa dia 30 de abril", declarou a Famato em nota.

A suspeita do mal da vaca louca em Mato Grosso surge quase um ano e meio após a divulgação do caso atípico registrado no Paraná. No Paraná o caso ocorreu em 2010, porém somente em 2012 foi divulgado. Devido ao caso, na época 16 países chegaram a embargar a carne bovina brasileira.

Em nota divulgada na quinta-feira (24) o Mapa declarou que o animal foi enviado para o abate no dia 19 de março deste ano por problemas reprodutivos causados pelo avanço da idade, porém "sem sintomas de distúrbios neurológicos". A nota revela que "durante a inspeção ante mortem, o fiscal federal agropecuário responsável pela fiscalização no frigorífico observou que havia um animal caído, ou seja, em “decúbito forçado”. Com esse quadro, o animal não foi considerado apto ao abate de rotina, sendo direcionado ao abate de emergência e submetido à colheita de amostras para o teste de EEB".

O Mapa frisa ainda que "Os produtos derivados desse bovino não ingressaram na cadeia de alimentação humana ou animal e o material de risco foi incinerado. Por precaução, todos os animais contemporâneos ao caso provável foram identificados individualmente e interditados".

De acordo com o Ministério, exames laboratoriais feitos em laboratório agropecuário nacional detectou a "marcação priônica". "Conforme os protocolos brasileiros, foram deflagradas atividades imediatas no sentido de realizar investigação epidemiológica a campo e providências para o envio da amostra ao laboratório de referência internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, na Inglaterra, para confirmação da suspeita", diz a nota do Mapa.
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