Em Sergipe, a chuva mexeu com o ânimo dos produtores de leite. A pastagem voltou a brotar e o gado, agora, tem mais alimento disponível.

Na propriedade de Antônio Vieira, no município de Nossa Senhora da Glória, sertão de Sergipe, a cisterna agora está cheia. Com a chuva dos últimos 15 dias, o agricultor não precisa mais comprar água do carro-pipa, uma economia de R$ 90 por semana.

De acordo com o Centro de Meteorologia de Sergipe, só no mês de abril choveu no município pouco mais de 110 milímetros, bem acima do esperado, que era 75 milímetros.

A chuva é fundamental na economia do município, Nossa Senhora da Glória tem a maior bacia leiteira do estado. Hoje são produzidos 50 mil litros de leite por dia, mas na época da estiagem, esse número não passava de 35 mil litros.
Roberto Aragão tem 30 cabeças de gado leiteiro. A produção diária é de 700 litros e para manter essa média, na época da seca, ele precisou investir em ração. O criador gastou em torno de R$ 3 mil, mas com o pasto que se formou após as chuvas, esse custo foi reduzido pela metade.

“É necessário que as chuvas continuem para continuar esse ciclo de produção, pastagem, preparo do solo, plantio de culturas , de palma para que o agricultor possa ter ração para seus animais”, explica José Anselmo Ferreira, técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

Os produtores de leite podem continuar comemorando. Só nos cinco primeiros dias do mês foram registrados 80 milímetros, o que corresponde a mais da metade do volume esperado para o mês de maio inteiro.