A capacitação é essencial não apenas para quem está começando, mas também para aqueles que estão em um ramo há muito tempo. Cerca de 250 pecuaristas de Mato Grosso reuniram-se no último sábado (10) no IV Encontro de Pecuaristas da Fortuna, em Nova Canaã do Norte. A busca por novas informações do setor vem de encontro a crescente demanda dos consumidores por uma carne de qualidade, bem como as exigências de internacionais.

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O encontro ocorreu na Fazenda Gamada. A cada ano o encontro recebe um incremento de 30% de participantes, conforme Daniel Wolf. Nesta quarta edição do evento os criadores puderam conferir duas palestras, que apesar de serem de assuntos diferentes estavam interligadas. Em uma das palestras os pecuaristas puderam com o consultor em carnes Marcelo Bolinha conferir uma apresentação de carnes de qualidade e a realização de uma desossa, aonde foram apontadas inúmeras possibilidades de se obter uma carne mais saborosa e assim valorizar todas as partes dos bovinos.

A segunda palestra abordou, através do consultor Adilson Aguiar, como aumentar os índices de produtividade por meio do manejo e utilização de insumos corretos.

Conforme o consultor Marcelo Bolinha, o mercado consumidor a cada dia está mais exigente e tem se disponibilizado a pagar mais para ter em sua mesa produtos de qualidade. “O frigorífico, quando é de profissional, apenas faz o intermédio entre o campo e o consumidor. A carne é a consequência do trabalho que é realizado pelo pecuarista. Por isso a importância de investir em alimentação adequada, genética, bem estar animal e manejo adequado”.

Durante sua palestra Adilson Aguiar relatou que em Mato Grosso, mais precisamente na região norte, constatou-se o uso inadequado de pastagens, como a adoção de espécies que não se adaptam ao clima e solo da região e da monocultura. “Temos aqui características que requerem atenção, como o clima quente e alta umidade. O uso de um único tipo de variedade e da variedade inadequada faz com ocorra a morte súbita de pastagem e, consequentemente, os índices de produtividade caem, o boi não tem a terminação correta e os prejuízos aparecem”. (Com informações assessoria Acrimat)