As cotações do boi magro – animal usado para reposição de boiada e confinamento – atingiram os maiores patamares já registrados em Mato Grosso, no primeiro quadrimestre de 2014, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Expressando em números, observa-se uma elevação de 27,79% no preço, saltando de R$ 1.08,69 por cabeça em abril de 2013 para atingir R$ 1.391,21 por cabeça em abril de 2014.
A disparada nos preços atinge principalmente as unidades confinadoras, que não possuem recria em suas propriedades e necessitam adquirir os animais, voltando-se ao mercado. “Entretanto, percebe-se que esse item do custo do confinamento foi o que mais aumentou, onerando e, provavelmente, tirando a atratividade da terminação no cocho”, explica o Imea.
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Os cálculos do custo do confinamento do Imea apontam que a aquisição de animais para a terminação no cocho representa 70% dos custos totais. A escalada nos preços do boi magro pressiona a atividade, causando redução na intenção de se confirmar bovinos em 2014, baixando de 809,55 mil cabeças em 2013, para 726,66 mil animais este ano.
Além disso, as cotações futuras nas bolsas de valores não estimulam o confinador. “Com esse panorama, a premissa do planejamento para uma atividade de alto risco, que é o confinamento, parece estar sendo implementada, mostrando-se natural o resultado de abril de 2014”, pontua o instituto.