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Domingo, 16 de junho de 2024

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Perdas provocadas por reação vacinal em bovinos chega a R$ 50 por cabeça

Foto: Reprodução/Internet

Perdas provocadas por reação vacinal em bovinos chega a R$ 50 por cabeça
Uma aplicação inadequada e até mesmo a composição das vacinas para bovinos pode provocar uma perda econômica de aproximadamente R$ 50 por cabeça, em decorrência ao descarte. A constatação de prejuízos e perdas faz parte do projeto "Na Medida". Segundo os especialistas, setor produtivo, estudiosos e veterinários, é preciso treinamento e informação para a prática da vacinação. Doses de vacinas aquosas podem auxiliar na diminuição das perdas durante a vacinação.


O projeto "Na Medida" é realizado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Sinop-MT, e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Botucatu-SP. Fazem parte, também, as empresas Beckhauser e Frialto. O objetivo do projeto é reconhecer os pontos de divergências existentes hoje entre produtores e frigoríficos no que diz respeito ao rendimento da carcaça.

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Conforme a Acrimat, os animais que estiveram no programa foram assistidos por um técnico da própria entidade desde o seu manejo na propriedade até a sua pesagem de carcaça.

Durante os estudos do projeto constatou-se que a reação provocada pelas vacinas nos animais podiam provocar uma perda de cerca de R$ 50 por cabeça. O estudo considera R$ 115 o valor da arroba.

De acordo com o professor da Unesp, Roberto de Oliveira Roça, foram avaliados 1.012 bovinos em 2013, divididos em 19 abates. O professor revela que ao se calcular as perdas em geral o resultado apresentado da realização vacinal alcançou um valor de 6,5 quilos por animal, considerando 1,65% de lesões em relação ao peso vivo pré-jejum. “Isso indica que há necessidade de informação e treinamento da prática de vacinação na propriedade rural, para que as perdas sejam reduzidas”, declara o professor da Unesp.

A adoção de algumas medidas simples podem auxiliar para a melhoria do manejo dos animais, na opinião do superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Segundo ele, a troca de agulhas e a forma correta de aplicação das vacinas são algumas destas medidas. Outra forma de evitar perdas é uma melhor eficiência e composição das vacinas hoje vendidas. “Além disso, é preciso que o setor da pecuária discuta com as empresas de medicamentos e com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento a eficiência e composição das vacinas comercializadas no país”, frisa Vacari.

Um dos motivos que também leva a perdas provocadas por reação vacinal é o fato das vacinas serem oleosas. “A absorção desse tipo de vacina é mais lenta e se mal aplicada pode provocar edemas, abcessos e contaminação da carne, cujos prejuízos são descontados no peso do animal no abate”, comenta o médico veterinário da Acrimat, Guilherme Nolasco, frisando que a antiga utilização de doses aquosas diminuíam as perdas provocadas no processo de vacinação.
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