Olhar Agro & Negócios

Terça-feira, 02 de julho de 2024

Notícias | Pecuária

Pecuária

Programa de suplementação inova em projeto direcionado para pecuária de precisão

Um programa de suplementação animal desenvolvido por uma empresa do ramo de nutrição animal e pastagem tem trazido resultados surpreendentes, chamado a atenção de pecuaristas na região onde foi implantado. O programa de suplementação, recebeu este nome devido a atenção especial que é dado a cada detalhe que envolve a propriedade, com o objetivo de extrair ao máximo o potencial produtivo com baixo custo, oferecendo um maior lucro por animal com um maior produtividade por hectare possível.


De acordo com o supervisor técnico da Nutripura Nutrição e Pastagem, Lainer Leite, a atenção aos detalhes é importante, pois cada propriedade tem suas necessidades, tem seus problemas e suas carências, mas tudo tem solução. A avaliação que é feita envolve uma série de fatores para determinar o melhor programa de suplementação para a fazenda. “O perfil do cliente é uma variável importante. A estrutura da propriedade, os equipamentos disponíveis, as características físicas da fazenda, a capacitação da mão de obra, a disponibilidade e vontade de investir por parte do cliente, o momento ideal para iniciar o programa e o nível de gestão de tudo isso, são todos, fatores que influenciam na determinação e no sucesso do programa estratégico de suplementação. Isso porque quando você aumenta o investimento, aumenta o seu risco”, disse Lainer Leite.

O pecuarista Fernando Almeida Azevedo, é o responsável técnico da Fazenda Santa Tereza, no município de Poxoréu, cerca de 80 km de Rondonópolis. Teve o projeto implantado na fazenda em 20 de novembro de 2012 e está satisfeito com os resultados obtidos. “No final acabamos ganhando mais do que estava programado, e também estamos vendendo animais antes do previsto. Essa precocidade dá uma certeza de retorno financeiro”, disse Fernando.

Fernando já participava de outros projetos com a empresa. No ano passado, ele optou pelo desenvolvimento com o semi-confinamento e ao avaliar a nova proposta, resolveu acrescentar, mudar a estratégia e decidiu seguir este sistema de suplementação animal com o apoio técnico oferecido. Começaram a trabalhar a partir de algumas premissas básicas, como, evitar desperdício. “Não admitimos produzir pasto e não colher este pasto com eficiência, essa é a regra número um do jogo. Sabemos que o melhor custo de arroba produzida é quando os animais são suplementados corretamente e estão utilizando o pasto com eficiência”, disse Lainer Leite.

A proposta - Depois do estudo técnico feito pela equipe responsável para implantação do Programa de Suplementação o pecuarista repassou, em números, o objetivo a ser alcançado. Matar em torno de mil animais, com acabamento de gordura adequado, no período da safra, que segue entre dezembro e junho. Enviar cerca de 750 animais para confinamento e lotar a fazenda com 1500 garrotes no período de seca. Isso em uma propriedade com cerca de 650 hectares de pastagem, fazendo recria e engorda, para a obtenção de produção de cerca de 15000 arrobas, o que significa a produção de 23@/ha. Um desafio que a equipe da fazenda ainda não havia conseguido superar na fase de terminação, devido a dificuldade de associar colheita de forragem sem desperdícios e terminação eficiente dos animais, com viabilidade econômica.

Para uma melhor evolução da proposta, foi decidido que o projeto deveria abranger duas fases, uma de pré-engorda e uma específica para engorda intensiva. O objetivo da primeira fase é aumentar a produção de arrobas a pasto, com um baixo custo, diminuindo o período de engorda intensiva. Durante a primeira fase, foi utilizado um suplemento que complementa a qualidade do capim e aumenta a produtividade animal, ainda no pastos. O resultado foi a produção de muito mais arrobas agregado a um baixo custo de produção. Custo de arroba produzida por volta de R$ 35. Durante avaliação dos animais neste período de pré-engorda, cada animal ganhou em média quatro arrobas.

Um fator importante avaliado durante a primeira fase do projeto é que houve uma queda significativa no período em que o animal fica em posse da fase de engorda intensiva. Essa fase é considerada a etapa mais cara do processo. Nela os animais praticamente não consomem pasto. São animais terminados em piquetes comendo exclusivamente ração. Cada animal consumindo em média 10 a 12 quilos de ração por dia. A engorda intensiva aproveita a carcaça dos animais para dar o peso e o acabamento que o pecuarista não abre mão.

Os ganhos por fase do projeto são significativos. Segundo Lainer leite, “para se ter uma idéia, a previsão era de que cada animal tivesse um ganho de peso médio/dia de 1 kg na primeira fase, e de até 1,400 kg na segunda fase. O resultado foi além, foi registrado 1,300 kg na primeira fase e agora quando finalizarmos é que iremos ver quanto cada animal vai ganhar nessa segunda fase, mas sabe-se que será muito além do esperado”.

Depois de fazer o fechamento e comparar os números com o que foi proposto, é que os técnicos vão ter uma melhor avaliação do caso. Por enquanto sabe-se que já ultrapassaram em 20% o que tinham previsto.

A equipe técnica salienta que cada caso é um caso. E para se alcançar excelentes resultados, como os conseguidos na Fazenda Santa Tereza, a propriedade precisa receber visita técnica e avaliação de todos os fatores que interferem no resultado final. Esse é o melhor programa estratégico para a Fazenda Santa Tereza. Pode não ser para as outras Realidade. Por isso a importância da visita técnica com análise criteriosa.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
Sitevip Internet