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Terça-feira, 02 de julho de 2024

Notícias | Pecuária

Raiva provocada por morcegos hematófagos mata animais no interior de São Paulo

Produtores de Pilar do Sul, interior de São Paulo, estão preocupados com o ataque de morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue e transmitem a raiva animal. Dois cavalos e 19 bois morreram na região com sintomas da doença.


O criador Marcel Rainoldo Tezck conta que percebeu que as vacas os bezerros da propriedade estavam aparecendo com marcas nas últimas semanas e descobriu que se tratava de ataque de morcegos. Logo ele comunicou à Defesa Agropecuária e aos agentes da Casa da Agricultura para investigar o surto repentino.

Tezck relata que há tempos não era visto ataque tão intenso na região. Ele conta que observou com antecedência, e passou a usar um vapiricida – que afasta o morcego – não houve nenhuma morte na propriedade dele.

– O pessoal da Despesa Agropecuária veio e fez a caça aos morcegos e pegaram uma grande quantidade de morcegos. Depois disso, diminuiu bastante – diz o criador.

O produtor Dionísio Nogueira conta que quando percebeu os sinais da raiva, os animais já estavam doentes. Na propriedade dele, os morcegos atacaram com mais severidade, e o prejuízo foi inevitável.

Até agora já são mais de 20 animais que morreram com suspeita de raiva no sudeste do Estado de São Paulo. Por enquanto, a Agência de Defesa Agropecuária e a Casa da Agricultura estão fazendo a captura dos morcegos. O veterinário Marcelo Augusto Caetano orienta que é importante os criadores ficarem atentos, pois os ataques podem acontecer num raio de até 15 quilômetros.

– As recomendações para as áreas de risco, que o caso de onde há os ataques de morcego, é que o pessoal faça a vacinação dos animais e, posteriormente, faça o contato com os técnicos. Os sintomas são febre, apatia, o animal tem dificuldade de deglutição, salivação excessiva e vem a óbito com sinais neurológicos – diz o veterinário.

Depois das denúncias, a defesa agropecuária capturou 108 morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue, nas proximidades da fazenda de Tezck e de Nogueira. Para combater, os técnicos passaram uma pasta nos morcegos e liberaram para que outros sejam contaminados e também morram. A raiva animal pode ser transmitida ao ser humano e não tem cura. No caso dos animais, é necessário sacrificar.

– Trata-se de uma zoonose. Então, alertar a população que, se tiver casos suspeitos, não entrar em contato com os animais em óbito – ressalta Caetano.

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