Os preços futuros do cacau alcançaram ontem o nível mais alto em quase dois anos na Bolsa de Nova York, com apostas de que o clima na África Ocidental poderá comprometer a oferta. De acordo com especialistas, as chuvas recentes na região, responsável por mais de dois terços da produção mundial, estão atrasando a entrega do produto nos portos. A umidade também não deve reverter os efeitos do clima seco registrado em julho e agosto, que pode ter afetado a quantidade e a qualidade das amêndoas. Outro fator que vem sustentando os preços é a forte demanda da América do Norte e da Europa, que pode resultar no segundo ciclo consecutivo de déficit global. O contrato com vencimento em dezembro subiu 0,7%, a US$ 2.718 por tonelada.

O açúcar ganhou 0,2%, em meio a preocupações com a oferta do Brasil. Chuvas na principal região produtora do País estão atrapalhando a colheita, impedindo a entrada de máquinas nos canaviais e também reduzindo o teor de açúcar na cana. Além disso, as usinas brasileiras continuam priorizando a produção de Etanol na atual temporada.

Na Bolsa de Chicago, o Milho caiu 1,7% e a Soja, 0,6%, com sinais de progresso na colheita dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura do país não publicou na segunda-feira seu relatório semanal de acompanhamento de safra, devido à paralisação parcial do governo.

Analistas acreditam, no entanto, que o clima seco no Meio-Oeste esta semana deve permitir que a colheita avance num ritmo mais rápido.

3% é a alta acumulada pelo cacau em outubro na Bolsa de Nova York.