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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Moinhos de trigo querem viabilizar importação da Rússia

Os moinhos brasileiros querem viabilizar a importação de trigo da Rússia para ter mais uma alternativa de abastecimento no mercado internacional. A quebra da produção nacional de trigo e também na Argentina levou as indústrias a aumentar as compras do cereal dos Estados Unidos e Canadá.


As importações brasileiras de trigo de janeiro a agosto deste ano somaram 4,6 milhões de toneladas, volume 4,3% superior ao registrado em igual período do ano passado. As compras do produto argentino recuaram 30,2% (para 2,5 milhões de toneladas), enquanto as dos Estados Unidos aumentaram 46 vezes para 1,46 milhão de toneladas.

O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Marcelo Junqueira, discutiu a questão da importação do trigo russo em reunião nesta terça, dia 8, com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo). Os moinhos pediram ao governo para acelerar os entendimentos visando à liberação da entrada do trigo da Rússia no mercado brasileiro, que estava prevista desde fevereiro deste ano, quando os dois países definiram os critérios para um acordo fitossanitário.

Junqueira explicou que os serviços de Defesa Agropecuária dos dois países devem realizar teleconferência nos próximos dias para discutir o acordo, principalmente em relação à garantia de que as cargas não estão contaminadas com gramíneas exóticas. Ele diz que o acordo é interessante para os dois países, porque a Rússia é um parceiro comercial importante e o Brasil precisa contar com mais uma alternativa de abastecimento em caso de problemas com a safra da Argentina, que continua sendo o fornecedor "garantido e preferencial".

O secretário observou que a Rússia é um dos principais fornecedores de trigo do mercado mundial, com uma produção de 50 milhões de toneladas. Ele afirmou que os russos têm produto disponível para exportar para o mercado brasileiro, a preços na origem US$ 70 abaixo do produto similar norte-americano (PH 78 e máximo de 1% de impureza), o que compensaria o frete mais caro devido à distância. Em princípio seriam liberadas as importações do norte da Rússia.
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