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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Preço de grãos deve cair na Ásia com menor procura, prevê corretora

Os preços dos grãos na Ásia devem ser pressionados esta semana pela demanda mais fraca e pelas colheitas nos Estados Unidos e em importantes nações produtoras asiáticas, disseram agentes do mercado.


Os países asiáticos estão atualmente colhendo milho, soja e arroz plantados no verão. Os EUA estão colhendo trigo, milho e soja semeados na primavera.

'À medida que o inverno se instala e começam a ocorrer geadas, produtores norte-americanos estão acelerando o ritmo da colheita de milho e soja', disse Kaname Gokon, vice-gerente geral de commodities da corretora Okato Shoji, com sede em Tóquio.

A colheita de trigo da Austrália está em andamento e atingirá o pico em dezembro. Isso também pesa sobre os preços.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos para dezembro de milho e trigo estavam sendo negociados em torno de US$ 4,39/bushel e US$ 6,88/bushel no pregão eletrônico. A soja para novembro oscilava em torno de US$ 12,96/bushel. Muitos traders e analistas esperam que os preços caiam de 10 a 20 centavos de dólar por bushel esta semana. Com isso, alguns importadores se afastaram do mercado, esperando preços menores. 'Os preços ainda têm espaço para cair, e importadores esperam novas perdas', disse um importador em Seul.

Na semana passada, a maior fabricante de ração animal da Coreia do Sul, Nonghyup Feed, ou Nofi, cancelou uma licitação em que buscava duas cargas totalizando até 140 mil toneladas de milho e uma carga de 60 mil toneladas de trigo para ração, citando preços acima das expectativas. A Nofi vai abrir outra licitação na terça-feira para uma carga de milho e outra de trigo para entrega em fevereiro e março e espera preços mais baixos, disseram operadores.

Índia, China e países do Sudeste Asiático começaram a colheita de arroz, o que também deve pressionar os preços. A Malásia recentemente cancelou uma licitação para importar 50 mil toneladas de arroz, esperando a retração das propostas de venda. 'O Paquistão não conseguiu atrair compradores, apesar de uma queda acentuada nos preços com o início da colheita do arroz em Sindh, e eles os preços no Paquistão podem suavizar ainda mais', disse Abdul Aziz Ghaffar, diretor de RiceTex, uma corretora de arroz com sede em Karachi.

As volumosas vendas externas do Vietnã reduziram recentemente a demanda global, destacou Ghaffar. O arroz branco com 25% de quebrados do Vietnã está sendo oferecido a cerca de US$ 365/t (FOB), ante os US$ 345/t do arroz paquistanês. 
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