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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Trabalho em horta comunitária na BA ajuda na recuperação de pacientes

Foi um reencontro com a infância. Nascido na roça, Jurandir dos Santos voltou a mexer com a terra, mas agora para ajudar no tratamento de uma doença: a depressão. "Isso me ajuda bastante porque quando eu chego aqui, eu me sinto bem. Se eu pudesse, não saia daqui", diz.


É uma clínica a céu aberto. São 420 metros quadrados de verde dentro da sede das obras sociais Irmã Dulce, uma instituição filantrópica de Salvador. Um pouco de tudo pode ser encontrado: têm hortaliças como alface, cebolinha e manjericão e árvores frutíferas como o cacaueiro e a bananeira.

Cerca de 180 pacientes atendidos pelas obras se revezam no preparo da terra, no plantio, nos cuidados e na colheita. Seis deles são deficientes visuais.

Os profissionais que acompanham de perto dizem que o dia a dia na horta faz muita diferença para estes pacientes.

“Alguns têm resistência à atividade física. Realizar a mudança do ambiente, na verdade, estimula muito esses pacientes, que têm mostrado uma melhora significativa no tratamento", conta o fisioterapeuta Marcos Almeida.

A horta foi pensada levando em conta, inclusive, as limitações dos cadeirantes. Parte da produção, é suspensa porque só assim, Manoel e os outros cinco pacientes que usam cadeiras de rodas podem ser incluídos no processo.

As hortaliças e frutas produzidas são para consumo dos próprios pacientes. Cem deles moram em alojamentos na instituição e o que sobra é vendido com renda aplicada na compra de insumos para a horta educativa. Cerca de 500 quilos de alimento são obtidos por mês.

O projeto recebe assistência da EBDA, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, e os técnicos garantem: a mão-de-obra dá conta direitinho do recado.
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