Os experimentos realizados na Estação Experimental de Apodi, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), conduzidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mostram que é viável a produção de algodão com irrigação na Chapada do Apodi, desde que sejam observadas algumas singularidades.
Foram estudados vários materiais (variedades) cultivados em áreas de Mato Grosso, Goiás e da Bahia, sendo que o material denominado BRS 286 apresentou um resultado muito bom nos experimentos desenvolvidos na estação da EMPARN, segundo o pesquisador.
As pesquisas estão sendo desenvolvidas ao longo de vários anos, com o envolvimento de pesquisadores de diversas áreas das duas empresas. Em Apodi, por conta da oferta de água e da baixa incidência de pragas e doenças foi possível colher experimentalmente mais de 9.000 Kg/ha.
As experiências vão servir para a disseminação e difusão de tecnologias aos futuros irrigantes do projeto de irrigação do Apodi, desenvolvido pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), que em sua primeira fase prevê a irrigação de cerca de 4 mil hectares.
Para José Renato, o importante na cultura do algodão no Nordeste é trabalhar em nichos específicos, como o algodão colorido, o de fibra longa e o irrigado. Ele lembra que a produção de algodão no Nordeste para sistemas intensivos, só será viável com alto grau de tecnificação, inclusive com colheita mecanizada.
Participaram do seminário os diretores da EMPARN, pesquisadores e técnicos. A Empresa realiza todo mês um seminário técnico interno para divulgação de resultados das pesquisas desenvolvidas e planejamento de novas ações.