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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Soja opera com pequenas perdas na Bolsa de Chicago

O mercado passa por uma ligeira realização de lucros após o avanço do pregão anterior, quando o mercado reverteu as baixas do mercado e fechou o dia com boas altas. Por volta das 7h50 (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados perdiam entre 1,75 e 3,50 pontos apenas, mas os contratos janeiro e março/14 se mantinham acima dos US$ 13 por bushel.


Os traders e investidores se mantêm focados na demanda mundial bastante forte e nos estoques de soja que, segundo analistas, podem ser insuficientes para atendê-la de forma adequada. Ao mesmo tempo, o mercado passa a dividir sua atenção com o andamento da safra na América do Sul e, para essa semana, as previsões são de clima favorável no Brasil, na Argentina e no Paraguai.

Analistas afirmam também que o mercado internacional opera com um movimento mais tranquilo nessa semana também em função do feriado de Ação de Graças que é comemorada nesta quinta-feira (28) nos Estados Unidos, uma vez que não há negócios na Bolsa de Chicago. Assim, os futuros do milho e do trigo continuam tentando se manter próximos da estabilidade, afim de encontrar um ponto de equilíbrio para os preços até que o mercado ofereça novidades para um movimento mais expressivo das cotações.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

CBOT: Soja vira, com foco na demanda, e fecha o dia em alta

Na sessão regular desta segunda-feira (25), o mercado internacional da soja virou e fechou o dia do lado positivo da tabela. Os preços trabalharam por quase todo o pregão em baixa, pressionados por uma correção técnica, mas, conseguiram reverter o movimento. O contrato janeiro/14 fechou o dia valendo US$ 13,29 por bushel, com alta de 9,75 pontos. O maio/14, referência para a safra brasileira, terminou valendo US$ 12,96/bushel.

O mercado se focou no quadro de fundamentos ainda bastante positivos para voltar a subir na Bolsa de Chicago. Nem mesmo as perspectivas iniciais de uma safra recorde para a América do Sul estão sendo capazes de pressionar as cotações de forma expressiva, dada a demanda ainda bastante forte e estoques norte-americanos muito apertados.

Segundo Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, esse é um momento em que os investidores observam, além da atual demanda agressiva pela soja, o potencial de crescimento desse consumo ainda é muito grande e deve ser um dos principais pilares de suporte para os preços.

"Esse é um momento muito interessante para os chineses melhorarem suas condições de estoques, aumentando seus volumes estratégicos, justamente para dar condições de implementar toda a nova economia chinesa que visa trazer parte da população que está nos campos para a cidade, melhorando as condições dessas pessoas", explica Brandalizze, que completa que a demanda chinesa por soja dá sinais de um potencial crescimento, o que acaba "compensando" o aumento na produção mundial da oleaginosa.

A tentativa do governo de trazer a população do campo para as cidades deverá aumentar a necessidade da produção de alimentos, o que deve elevar a importação do país, não só de grãos, mas também por carnes e outros produtos. Segundo um estudo feito pela OECD (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em parceria com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), até 2022 as importações chinesas de soja deverão registrar um aumento de 41%, chegando a 83 milhões de toneladas.

Frente a esse quadro e com as altas registradas pelo mercado nesta segunda-feira (25), o mercado atingiu os melhores patamares em dois meses na CBOT, estimulados também pelos ganhos do farelo. Os traders agora esperam também pelo boletim dessa semana das exportações semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), confirmando essa demanda aquecida, caminhando em um ritmo muito acelerado.

"Esse relatório pode trazer um impulso caso continue no ritmo em que estava exportando nas semanas anteriores. Hoje faltam 4 milhões de toneladas para os EUA fecharem a projeção do USDA e se eles vierem com vendas na casa de 1 milhão, 1,2 milhão de toneladas, irão sobrar menos de 3 milhões para serem exportadas até agostos do ano que vem, e esse quadro sim será positivo", acredita Vlamir Brandalizze.
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