Olhar Agro & Negócios

Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Agricultura

Ministro da Agricultura fala sobre crise no mercado do café e importação de trigo

vO ministro da Agricultura, Antônio Andrade, concedeu uma entrevista exclusiva ao Canal Rural. Na entrevista, Andrade comentou a crise no mercado do café, a ampliação dos negócios com os outros países e a importação de trigo. Entre outras coisas, Andrade atribuiu crise no café ao excesso de produção. O ministro ainda defendeu que a importação de trigo não seja mais feita com taxa de 0% de importação.


“Nós fizemos o maior apoio ao café da historia desse ministério. Colocamos à disposição das cooperativas e produtores R$ 5,8 bilhões para apoiar a comercialização. Não foi suficiente. Há um excesso de produção hoje. Nós produzimos 48 milhões de sacas de café, e, no ano que vem, a expectativa é de produzir mais de 50 milhões de sacas de café, e com isso os preços caíram.”

“A saída que nos vemos hoje é diminuir a produção de café no Brasil, momentaneamente, ao longo de três anos, até que o consumo do café baixe ao ponto de o preço do café subir. Ano passado tivemos café que chegou a R$ 540 a saca.”

Importação de trigo

Nós consumimos 11 milhões de toneladas de trigo por ano. Produzimos 5 milhões. Importamos mais do que produzimos. Grande parte vem da Argentina, Paraguai, Uruguai. O Paraguai teve as mesmas dificuldades e não vai produzir. E a Argentina não vai exportar a mesma quantidade do ano passado."

"O trigo continua hoje a R$ 850 a tonelada. Relutamos muito. Taxa de 10% é ok, mas zerada, não, para não prejudicar a vida do produtor no mercado nacional. Gostaríamos que essa importação se restringisse aos Estados do Nordeste, não viesse para o Sul nem para o Sudeste."

"Se depender do Ministério da Agricultura, nós não autorizaremos mais nenhum quilo de trigo importado com taxa zero. Queremos aumentar a produção."

Exportações

“Tivemos a felicidade de abrir novos mercados. Abrimos o mercado japonês para a carne suína. Nós estamos hoje aptos a exportar carne suína para Japão, que é o maior importador de carne suína do mundo. E isso nos coloca em condições de exportar carne suína pra todos os países asiáticos. Também abrimos o México, que vai importar carnes de aves. Abrimos o mercado russo, que vai importar carne de equino. Dois frigoríficos estão aptos."

"Conseguimos abrir o mercado chinês para a importação do milho. E isso corresponde à possibilidade de negócio de 10 milhões de toneladas. O que a China precisa importar é o excedente brasileiro da produção de milho. Ficou acertado com o governo chinês de eles mandarem uma missão no inicio de dezembro para analisar o que falamos pra eles.”
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